sexta-feira, 14 de maio de 2010

Rumo ao Futuro

Os leitores mais atentos, devem ter visto hoje na imprensa que o Benfica garantiu Jorge Jesus até 2013. Pois bem, estou em condições de confirmar esta notícia, uma vez que tudo se resolveu ontem durante a minha visita ao Seixal. Depois de assistir ao treino da manhã, no relvado principal do Centro de Estágio, reuni-me com a equipa para os felicitar pessoalmente pelo título. Após esse breve encontro, passámos então aos negócios. Para já resolvemos o caso do mister. Para breve, haverá também notícias sobre David.



Por motivos de segurança e de forma a garantir o sucesso das restantes negociações, a minha imagem é aqui protegida.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Alegria

Ao mesmo tempo que a Polícia Municipal de Lisboa retira os últimos benfiquistas do Marquês e da Avenida da Liberdade para a passagem de Sua Santidade, acordo finalmente para a realidade: este campeonato ficou marcado pelo mau perder. Compreendo perfeitamente que a duas ou três jornadas do fim se digam coisas como “o Benfica está mais frágil” ou “ainda podemos ser campeões”. Mesmo que totalmente irrealistas, servem para tentar colocar pressão nos adversários. O que não compreendo é que no fim do campeonato, não sejam capazes de felicitar o novo campeão nacional sem arranjar desculpas. Ponham por favor os olhos no futuro treinador do Sporting que nos últimos 10 minutos da Liga perdeu o acesso à Europa para o Marítimo, mas que mesmo assim não precisou de arranjar meias-palavras ou subterfúgios. Limitou-se a dizer “estamos desolados”. Este homem sabe perder e é isso que me alegra.



domingo, 9 de maio de 2010

O Dia do Juízo Final

O dia do Juízo Final chegou. As forças do mal acordaram cedo e arregimentam-se, preparando a invasão e o saque a Lisboa com a minúcia com que Thor "o Esquartejador" preparava as suas investidas sobre as costas da Irlanda (a pobre Irlanda sempre sofreu muito das costas, coitada).
Também eu tentei antecipar este triste dia com todos os cuidados. Fui de férias para longe, muito longe, na semana em que os bárbaros planearam tomar a Invicta. O assalto fracassou e as comemorações foram adiadas para quando eu já estivesse presente. Previdente, tinha um plano de contingência: aproveitando a necessidade de viajar em trabalho, marquei avião para a tarde de hoje (Domingo) em vez da habitual saída na Segunda de manhã. Mas os deuses não estão comigo. A maldita nuvem de cinzas cancelou-me o voo e terei mesmo de pernoitar em Lisboa, ficando assim à mercê da turba comandada por Barbas "o Traficante". Como costuma dizer Jorge Máximo, "desperate times call for desperate measures", por isso deixo aqui a lista de medidas a tomar por todos aqueles que - como eu - pretendam escapar incólumes à barbárie que se prevê para logo:

- Abastecer de água e comida enlatada suficiente para vários dias
- Abastecer de calmantes suficientes para uma época inteira
- Calafetar portas e janelas
- Reforçar portas e janelas com barras metálicas
- Desligar telefones, televisão e rádios
- Arrancar o cabo da internet
- Enviar mulher, filhas, animais domésticos e todo o ser passível de ser violado para local seguro (considera-se local seguro todo e qualquer local situado no Deserto de Gobi)
- Rezar muito, mas mesmo muito para que um tal de Tarantini (?) faça o jogo da sua vida

Coragem amigos. Isto hoje não vai ser nada fácil.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Azia ou refluxo gástrico?

Na semana passada recebi um amável convite de um amigo do norte para ir ver o Porto – Benfica ao estádio do Dragão, confortavelmente sentado num camarote. Ainda hoje não sei se ele estava mesmo a ser meu amigo ou se me queria apanhar a jeito para me atirar uma bola de golfe à cabeça.

Assim, sábado de manhã, lá sai eu disparado mais a minha Maria no meu Citroen 2CV pela A1 acima a uns loucos 95km por hora. Já o sol se tinha deitado quando finalmente atingimos o destino. Não por causa da falta de cilindrada da minha viatura, mas sim pelo leitão que fizemos ao almoço na Mealhada que não havia maneira de ir para baixo, nem empurrado a kompensan.

Era o que faltava um porquinho bebé deitar abaixo um benfiquista. Por isso mesmo, estacionei a viatura à porta do Capa Negra e aviei uma francesinha sem medos. Desta vez, a minha abordagem à digestão foi mais tradicional “se faz favor, é a garrafa do patrão” seguido daquele piscar de olho que quer dizer “tu sabes do que eu estou a falar”. Resultado, eram 3h da manhã, já a minha Maria dormia profundamente, ainda eu andava a falar com a francesinha às voltas no quarto da Pensão Duas Nações. Aproveito aqui para referir que não é nenhum luxo, mas os quartos são asseados e tem casa de banho privativa e água quente.

Ainda assim acordei cedo no domingo. Queria aproveitar bem o dia e por isso fui mais a senhora futura primeira dama passear os cachecóis orgulhosamente iguais para Serralves, Foz e Ribeira até à hora do jogo.

Salto estes 90 minutos, porque isso vocês já sabem. O que não sabem foi que sai de lá com uma azia daquelas de acordar um morto e sem motivo aparente. O Benfica fez um grande jogo, claramente planeado por Jorge Jesus e com todas as situações previstas e treinadas ao longo da semana. O que Jorge Jesus não previa era a trombose que o guarda-redes do Paços de Ferreira teve quando ia a agarrar uma bola. E foi enquanto pensava nisto que me veio o jantar à boca “arroz de pato”. Está explicado. Não era azia, era refluxo gástrico.