segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Futebol Moderno

No dia 26 de Outubro de 1863, meia dúzia de bifes juntaram-se num pub à volta de umas quantas litradas de cerveja. Resultado, inventaram o futebol moderno. Na altura, não lhes passava pela cabeça que décadas e décadas depois as equipas viessem a ter softwares de análise ao jogo e centros de estágio, nem que os árbitros viessem a ter microfones, bandeirolas com sensores, vouchers de viagens e pires com línguas de gato em estabelecimentos comerciais nocturnos. A verdade é que ainda as novas tecnologias davam os primeiros pontapés no futebol português, já Jorge Jesus dizia “Eu estou sempre em on-line com o meu adjunto que está na bancada”. Mas estas modernices podem ser traiçoeiras, principalmente quando alguém do staff se engana nas etiquetas e em vez de darem ao Cardozo o DVD que diz “Próximo Adversário”, entrega o DVD que diz “Grandes penalidades do Sporting”.

Depressão pós-parto

Vem escrito na edição de hoje do Record: Fábio Rochemback quer deixar o Sporting, se o actual estatuto de suplente não se alterar. As palavras são de Vifran Pompeu, que - com nome de pomada anti-inflamatória - se apresenta como assessor do médio brasileiro. Diz ainda que "o Fábio está cansado desta situação. Ele quer jogar. Dizem que ele está gordo, mas ele não está gordo... teve um filho e está mais maduro".
Então está explicado: Rochemback teve um filho. Portanto, aquela barriga com que se apresentava na época passada devia-se única e exclusivamente à gravidez. Entretanto o menino nasceu, e como qualquer grávida, Rochemback ganhou uns quilinhos que levarão o seu tempo a desaparecer.
Mas o que me preocupa verdadeiramente é a depressão pós-parto que acomete o jogador, fazendo-o jogar aquele futebol lento, triste e desinspirado. Depressão essa que pelos vistos é mais contagiosa que o H1N1.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Olheiro

Depois da travessia no deserto que foram as férias futebolísticas e onde a maior competição que se arranjou para alimentar a testosterona foi a nova versão do jogos sem fronteiras onde o Algarve luta com a Beira Baixa para receber o troféu das mãos de Carolina Patrocínio, qualquer peladinha ou jogo de treino serve para matar o bicho, basta apenas que sejam 11 contra 11. A fome de bola era tanta que se alguém dizia “Queres ir ver o jogo...” era logo interrompido com um contudente “sim” ainda mesmo antes de terminar a frase “... de softball”. Foi mais ao menos assim que fui parar ao Setúbal x Guimarães na segunda-feira passada. Ainda assim, prefiro de acreditar que fui ver o jogo para ver os nosso futuros adversários. Uma espécie de olheiro. O jogo acabou por ter momentos verdadeiramente emocionantes como um grito de incentivo que veio de uma senhora da minha bancada “vamos a despachar que eu deixei o jantar ao lume”. Mas enquanto a sandes de choco frito andava às voltas na minha barriga e a qualidade do futebol praticado insistia em baixar-me a pressão arterial, eis que entra em campo a estrela da noite: Jorge Nice. Pelo nome, podia bem ser o novo extremo esquerdo do Setúbal recentemente contratado ao Grémio Esportivo Monte Alegre de Vimão, mas felizmente era muito mais do que isso. Jorge Nice entrou em campo ao intervalo com a sua viola ao peito para nos presentear com o seu novo tema “Sou Visigodo”.

Sou Visigodo,
Sou Visigodo
Arrrematar sou charrrrouco,
Sou Visigoooodo.

Segunda-feira à noite, ali estava eu sentado numa bancada de pedra, rodeado de pescadores e a assistir a um concerto que por acaso tinha um jogo de futebol à volta. Jorge Nice já foi referenciado a Rui Costa. Agora resta-me esperar ansiosamente por uma deslocação a Leixões na esperança de descobrir mais um grande craque do futebol português.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Grilosevic

Um alentejano empedernido contou-me há meses a sua teoria acerca daqueles indivíduos e indivíduas , digamos assim, mais lentos de raciocínio. Ouvi-o atentamente pois reza a lenda que é da sua belíssima região que surgem os mais clamorosos casos de lentidão mental. O homem tinha tudo para ser uma autoridade na matéria.
Segundo ele, dentro das paredes craniais dessa gente há água. Água que ocupa cerca de metade da caveira. Lá dentro vive um grilo, que sobrevive precariamente flutuando sobre uma rolha. E é a partir dessa sua ilha-balsa que executa as tarefas que o pensamento ordena, puxando cordelinhos. A cada fio corresponde uma intenção que o grilo vai transmitindo aos demais membros com a celeridade possível. Por exemplo, se pedimos ao empregado de mesa da tasca um prato de azeitonas, o grilo puxa o cordel correspondente. Se lhe pedimos as azeitonas e uma imperial, o grilo equilibra-se com dificuldade e puxa um cordel com cada mão. Se por azar pedimos simultâneamente azeitonas, imperial e um queijinho de meia-cura é certo e sabido que o grilo se lança desajeitadamente sobre os três fios, agitando perigosamente a rolha flutuante, que finalmente se vira condenando o pobre animal à morte por afogamento e gerando aquele curto circuito que faz com que nos apareçam na mesa farófias e um abatanado em vez do que tinha sido pedido.
Hoje tenho a certeza que no Montenegro também há malta com grilos no encéfalo. Se pedimos ao Vukcevic para comer a relva como se não houvesse amanhã, o grilo puxa o cordelinho e é vê-lo a deslocar ombros para impedir inofensivos lançamentos laterais. Se lhe pedimos para comer a relva e marcar golos, o grilo trata da ocorrência e lá vai ele atropelar o Liedson e o Postiga até o conseguir. Mas se lhe dizemos "dá tudo, marca um golo, mas olha aí tu tem cuidado com as comemorações porque já levaste um amarelo", o Grilosevic, ainda por cima a ter que traduzir do português, afoga-se.
Podia estar aqui mais seis páginas A4 a falar dos grilos do Pedro Silva e do Polga, mas infelizmente tenho o chefe a pedir-me um relatório, uma apresentação em PowerPoint e dois caf...nnnzzzz ....zzzztttt..... pffffff.........

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O def direito

Eu tenho um ritual a cada época futebolística que se inicia: primeiro e mais importante que tudo, sentar-me no meu lugar no estádio e aguardar ansiosamente que chegue a família que se senta na fila de trás. Enquanto isso faço figas para que o patriarca tenha sucumbido às mãos do H1N1, de uma entrada do Javi Garcia ou até mesmo de uma congestão depois de uma almoçarada na Cova do Vapor (aka Cova do Pavor). Qualquer coisa, até um choque em cadeia na A1 serviria os meus infames propósitos. Desculpem-me, mas o tipo é realmente insuportável e a ideia de ter que aturá-lo por mais 15 anos é tão dolorosa e traumatizante como a ideia de aturar o Paulo Bento mais uma jornada.
Em segundo lugar, tenho que encontrar um ódio de estimação. Se estiverem de férias ou em greve de zelo em sinal de protesto por não estarem de férias, leiam aqui este velho post, onde vem tudo muito bem explicadinho acerca deste tema.
Ora, confiando que Bento não fica lá muito tempo (para tal já gastei cerca de 341€ em desejos na fonte do Rossio), há que escolher um jogador. Confesso que numa ou outra época a tarefa foi-me dificultada ao máximo, tendo que esperar até 8 ou 9 jornadas até encontrar o meu Tello de estimação.
Mas este ano a coisa está fácil demais. Anda para lá um rapaz ansioso por se mostrar e garantir a vaga. Quem? Abel, pois claro.
Abel provém de uma longa linhagem de defesas-direitos obtusos que durante épocas correram meia-parte ali mesmo em frente ao meu lugar. Assim de cabeça lembro-me do marroquino Saber (o tal que não ocupa lugar), que nunca na sua infeliz existência conseguiu centrar uma bola decentemente. Recordo-me sem saudade de César Prates, rapaz de sorriso franco, um atleta que corria desalmadamente e pouco mais. De Luís Filipe recuso-me falar, não vá o Jorge Jesus estar a ler isto. E aos tempos do João Luís I (ou seria o II?) nem vale a pena recuar, pois a maioria dos leitores desta casa nasceu no pós Mundial 82.
Abel tem a extraordinária capacidade de me fazer acreditar que poderia ter sido futebolista profissional. E atenção que fui dado como inapto na inspecção militar por ter nascido com o pé direito virado para trás. Abel fala bem, mas joga muito mal. Pensa mal, passa mal, centra mal, tabela mal, remata mal e defende mal. Abel é um def na verdadeira acepção da palavra. E não estou a falar de defesa. Este ano vai ter que me aturar.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Benfica, a economia e a dura realidade

Tenho a sensação que fui o único português para além do Liedson a não ficar surpreendido com a notícia de abertura de todos os telejornais de ontem: contra todas as expectativas, a economia portuguesa crescera 0,3% no segundo trimestre deste ano. Nem José Sócrates e seu escudeiro (de escudo/moeda) Teixeira dos Santos estavam preparado para tamanho bodo, obrigando a que a malta das relações públicas do partido os fosse buscar de emergência ao parque de campismo do Inatel na Costa da Caparica onde se preparavam para assar umas entremeadas e vazar umas médias na companhia de uns casais-amigos.
Desde pequenino que tenho uma especial capacidade intuitiva que me permite analisar com precisão os comportamentos dos consumidores (morei muito tempo na Maria Pia e entretinha-me a ver da marquise a malta a consumir poeira) e consequentes implicações na economia. Como revela o último censo realizado pela Casa do Benfica de Mogadouro, dos 9 milhões de portugueses, cerca de 8,9 são benfiquistas, prefazendo assim a quase totalidade dos consumidores nacionais. Também é verdade que o poder de compra está com os 0,1 Milhões que sobram, mas isso são outros trezentos...
O que eu pretendo provar com esta converseta e depois ir a Oslo buscar o Nobel da Economia, é que o comportamento da nossa economia está intimamente ligado à performance desportiva do clube do futsal. Se em 2008 estivemos em crise, a culpa foi do Quique, do Yebda, do Sidnei e da lesão do Suazo. O benfiquista acompanhou a equipa na depressão, acabrunhou-se, deixou de consumir e a economia foi por aí abaixo. Mas chegando a Abril, a nação encarnada percebeu que o espanhol Flores tinha os dias contados, o que deu lugar a uma renovada esperança, alguma alegria e um maior consumo que conduziu aos tais 0,3% de crescimento.
Segundo as minhas previsões, os resultados do terceiro trimestre de 2009, esses sim, serão verdadeiramente bombásticos. Com as contratações feitas, as loas a Jesus, as capas de jornais e os quatro torneios conquistados, o benfiquista está eufórico. Espero pelo menos um crescimento de 17,4%, sendo que destes, 12% são à conta da venda de cachecois "Benfica Campeão Nacional 09/10". Os restantes devem-se ao aumento exponencial da venda de cerveja e coiratos que como se sabe são o motor da economia de qualquer país que se diga civilizado.
Mas nem tudo são boas notícias. O pior virá depois. É que hoje começa o campeonato. Sim, aquele onde se joga a pontos. E onde começam todos iguais. Sim, esse em que à partida são sempre campeões mas em chegando a Maio é um "oh tio, oh tio", que o Braga e o Nacional querem-nos roubar o terceiro lugar. Ou seja, lá para Janeiro vem uma recessão de proporções zimbabweanas. E aí quero ver se o Ministro das Finanças que entretanto for eleito vai ter coragem de despedir "O Rui" e o Jesus.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Mudança de imagem

Ou restyling como dizem os "désigners". Foi o que aconteceu aqui no Impróprio: a maior mudança de imagem no futebol português desde que o Artur Jorge rapou o bigode. Foi um longo processo em que consultámos os maiores especialistas do mercado, convidando-os a apresentar propostas. No entanto, rapidamente nos deparámos com um problema: nem na sua actividade de criativos conseguiam ser isentos. Os benfiquistas queriam o Impróprio com predominância de encarnado e os sportinguistas puxavam pelo verde. Um portista teve mesmo o desplante de sugerir que o Impróprio assumisse o azul. Chegou mesmo a enviar-nos a casa um vale de uma agência de viagens e umas simpáticas cidadãs de leste (Ludmila, se me estás a ouvir, passa lá em casa para apanhar as trousses). Assim sendo, fomos forçados a recorrer a um profissional que pura e simplesmente não gostasse de futebol (não, não foi o Vukcevic). O resultado está à vista de todos. Esperamos que gostem. Se não gostarem, azarucho. Têm sempre o blogue do Pacheco Pereira.

Foi mais ou menos isto que nos aconteceu:


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Lugar certo

Ontem, se por acaso ainda restasse alguma dúvida, fiquei com a certeza que temos o homem certo para o comando técnico do Benfica. E isto não tem nada quer ver com as taças conquistadas na pré-época ou com o bom futebol praticado. Deve-se simplesmente à minha avó Júlia que tem 84 anos e que, quando viu Jorge Jesus no noticiário exclamou de imediato e cheia de convicção “este sim, tem cara de treinador! O outro tinha cara de tudo menos de treinador!”. A idade é um posto e eu tenho um enorme respeito pelos cabelos brancos. Hoje mesmo Bettencourt, corroborou esta teoria ao elogiar publicamente o Benfica. Como eu o compreendo. É que o presidente do Sporting olha para o Benfica e vê os jogadores todos no lugar certo: os guarda-redes a defenderem e os avançados a marcarem golos.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Parabéns a nós

10 de Agosto é provavelmente um dos dias mais marcantes do calendário gregoriano. A quantidade de efemérides absolutamente incontornáveis que ocorreram nesta data, comparam-no apenas ao dia de Natal, ao dia em que Afonso Henriques deu uma sova na mãe, roubou as pratas e fugiu de casa para fundar Portugal, ao dia em que Nuno Gomes marcou um golo com intencionalidade e ao dia em que Paulo Bento percebeu um jogo antes dos 39.546 espectadores presentes no estádio, incluindo os invisuais de trás dos ecrãs.
Neste dia 10 de Agosto (feriado em minha casa), faleceram Florestan Fernandes (truque baixo para vos obrigar a ir ao Google), nasceram Jorge Amado e António Banderas (forte abraço para este fiel leitor do Impróprio), a sonda Magalhães chegou a Vénus e o Japão rendeu-se incondicionalmente depois da Conferência de Potsdam (consta que Luís Freitas Lobo era o orador. Os pobres japoneses não aguentaram 5 minutos).
No dia 10 de Agosto de 2007, dois amigos profundamente embriagados decidiram fundar um blogue que batizaram de Impróprio para Cardíacos. Já se sabe que filhos de uma noite de álcool nascem malucos e o resultado está bem à vista.
Nestes dois anos fomos visitados por 62.098 leitores (última contagem). Isto preocupa-nos. Preocupa-nos porque aqui não se aprende nada, antes pelo contrário. Estes milhares de almas perdidas nos tortuosos caminhos da internet deviam estar a trabalhar, a estudar ou a assaltar dependências do BES em Campolide. Mas não, estão aqui a ler baboseiras como esta.
O nosso único consolo é saber que 98,7% vêm cá parar através do Google, quando andam à procura de sites de bestialidade e outras coisas mais educativas que este blogue. Aos restantes 1,3% que vêm cá parar porque gostam mesmo disto, o nosso muito obrigado e desejos de rápidas melhoras.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Patrício e a milagrosa bexiga da Ana

Aos adeptos do Sporting pede-se muita coisa. A mim, só para dar o exemplo que tenho aqui mais à mão, pede-se que pague 12€ mensais de quota, que desembolse 330€ por um lugar anual, que vá ao estádio, que vá a alguns jogos fora, que não conteste o Paulo Bento, que não assobie uma equipa que joga junta há três anos mas que mais parece as peladinhas que aqui a malta do serviço joga às quintas-feiras e – pior que tudo – que ouça sem vomitar as declarações abjectas do Salema Garção.
Como se não bastasse, dada a incompetência da equipa, agora também têm que ser os adeptos a resolver partidas. Sim, porque aquele golo embaraçoso ao minuto 95 foi marcado a meias pelo Rui Patrício e pela minha amiga Ana.
A Ana é sócia pagante do Sporting, tem lugar atrás da baliza Vítor Damas (já agora, quando o Liedson lá marcar será considerado auto-golo?) e uma invulgar capacidade para resolver jogos nos últimos minutos. O Universo dota alguns poucos seres humanos de capacidades quase sobrenaturais, diria até para-normais, que fazem a diferença em relação aos demais. As mãos de Michelangelo transformavam blocos rochosos em deslumbrantes obras de arte. Mozart pegava em notas soltas e obtinha as mais fascinantes melodias, Ferran Adriá transforma inocentes ingredientes nas mais esquisitas (do inglês exquisit, se faz favor) propostas gastronómicas, Santana Lopes por onde passa deixa tudo em cacos e a Ana usa a sua bexiga para marcar golos pelo Sporting. “A bexiga?”, interroga-se o veraneante leitor. Sim, a bexiga. Aquela de onde vem o xixi. E os golos, como adiante vamos perceber.
Tudo começou há três épocas atrás. Como qualquer outro milagre, na altura atribuiu-se o feito ao acaso. Mas o tempo viria a confirmar o facto científico. Nessa altura, já no mandato de Bento, o Sporting jogava um futebol fraco e previsível que levava a que muitas partidas chegassem aos últimos minutos perigosamente empatadas. Como ontem, também na altura o tédio invadia o espectador. E a Ana, que tem uma bexiga pequena mas uma grande sede, aproveitava que estava tudo a assobiar a equipa para ir fazer o seu último xixizinho antes do apito final. Ocorre que por duas ou três vezes o Sporting ousou marcar enquanto a minha amiga contava azulejos (literalmente). Aquilo teve piada. Até ao dia da final da Taça em que defrontámos o Belenenses (coitados, há anos que tentam descer de divisão e não há maneira de os deixarem…). Aí, com o jogo empatado a escassos instantes do final, alguém se lembrou de dizer: “oh Ana, e se fôsses à casa de banho para isto não ir a prolongamento? É que prometi à patroa que estava em casa para jantar...”. E a Ana lá foi. Resultado? Centro do Veloso e golo do Liedson.
Já nem preciso de vos contar o que aconteceu ontem, não é? Mal o Patrício começa a correr em direcção à baliza contrária, os vários convivas largam a gritar: “Já para casa de banho Ana! Vai! Rápido! Rápido!”. Ela ainda tentou resistir, alegando falta de vontade. Debalde. Empurrada e ameaçada de pancada pelos mais nervosos, foi. Se urinou ou não, só ela sabe. Mas o Sporting marcou. Na sala, cinco adeptos até então dormentes, saltavam, abraçavam-se e riam à gargalhada. Ninguém se lembrou de resgatar a Ana, que regressou perguntando “estão a gozar, não estão?”. Não estávamos.
Por isso, agradecia que a Sporting SAD tivesse a decência de, dos 2,4 milhões de euros que o Sporting abichou ontem, depositar 1,2 na conta do Patrício e os restantes 1,2 na conta da Ana.
Prometo tudo fazer para que ela invista a soma na contratação de um novo treinador. E um lateral direito. E um lateral esquerdo. E um central. E...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Publicidade

O Impróprio para Cardíacos revela em primeira mão o novo anúncio da campanha de venda de lugares anuais para a época 2009/10. Segundo fontes próximas do Marketing leonino, "com este reclame esperamos aumentar a venda de Gameboxes em cerca de 220%".



Paulo Bento, o teu lugar é aqui: