Ao ser eleito Presidente do meu Sporting, José Eduardo Bettencourt elegeu imediatamente o Marketing como uma das ferramentas essenciais da sua gestão. Ainda a contagem de votos não tinha terminado e já os marketeers leoninos pensavam na melhor forma de atraír adeptos ao estádio e criar um ambiente que catapulte a equipa para retumbantes êxitos desportivos.
Foram desde logo tomadas duas decisões:
Em primeiro lugar, providenciar a imediata eliminação da Liga dos Campeões e consequente entrada na tal de Liga Europa. Assim, o Sporting deixa de levar cabazadas dos colossos europeus e começa a ganhar a holandeses, cipriotas, moldavos e turquemeni...hnnzz...isso. Isto provoca uma falsa sensação de superioridade e poderio junto dos adeptos que não hesitarão a acorrer em massa a Alvalade. Uma medida brilhante, portanto.
Em segundo lugar, deliberou-se passar a ganhar os jogos apenas nos minutos finais das partidas. Nunca, mas nunca antes dos 80 minutos. O Benfica aposta naquilo a que chamam há 20 anos de "futebol-espectáculo", buscando permanentemente a goleada. Ora como se sabe, esta política tem efeito apenas durante as primeiras quatro ou cinco jornadas. Depois o adepto farta-se da falta de emoção e lentamente desaparece das bancadas. Já o Sporting demonstra muito mais inteligência, jogando habilmente com as emoções dos seus apaniguados, deixando propositadamente que os adversários marquem um ou mesmo dois golos antes de partirem para cima deles numa assombrosa cavalgada, galvanizados pela maestria do génio Djaló. Chega-se até ao pormenor de meter o Angulo de início, de propósito para ser substituído aos 30 minutos debaixo de um coro de assobios. Pede-se ao Postiga para falhar com estilo seis ou sete oportunidades claras. O público não sabe que aquilo está tudo previsto e chega mesmo a duvidar que a equipa consiga chegar à vitória final. Como se sabe, a adrenalina vicia mais que minis geladas e os sócios sportinguistas passam a semana a ressacar ansiosamente mais 90 minutos de emoção e espectáculo, pagando o que for preciso para assistir a um jogo.
Trata-se portanto de uma estratégia de Marketing genial. Um case-study que devia ser leccionado em Oxford, Harvard e na redacção de A Bola, se por acaso alguém por lá soubesse ler.
Um Panegírico da Argentina
Há um ano
5 comentários:
Posted by Van Costa:
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E quando jogarem com o Benfica, os dois de avanço ao intervalo também serão marketing? Por mim pode ser.
Aproveito a oportunidade para parabenizar o Sporting que de tanto convívio com FCP já consegue a proeza da marcação de grandes penalidades quando a bola "acerta" no peito.
Uma nota de apreço pelo Olhanense, que não tendo equipa tem um treinador melhor e umas camisolas à Milan, podendo mesmo dizer-se que é a melhor equipa a sul de Almodovar.
Gostaria apenas de aproveitar para enaltecer as 3 grandes frases do futebol tuga nas últimas 24h:
Paulo Bento dixit: "O penalti assinalado não é penalti. O Sporting não foi, e eu nem quero que seja, beneficiado pelas arbitragens esta época."
Apito da Costa dixit (em jeito de poesia): "Não sei para onde vou. Mas sei que não vou por aí!"
Tomás Taveira e Homem da Luz dixit: "Uica bom"
:DDD
Despois deste início de época começo a entender o nome deste blog....
RexImperator
O Benfica aposta naquilo a que chamam há 20 anos de "futebol-espectáculo"
Correcção, caro 7:
O Benfica aposta naquilo a que chamam há 50 anos de "15 minutos à Benfica"
Quanto ao 1º ponto do teu texto, também não posso fazer comentários...
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