segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Frase do dia (de ontem)

"O futebol não é o Vale-Tudo".

Escreva-se não em pedra, mas em gesso, esta pérola proferida ontem pelo central benfiquista David Luiz.

Frase da semana (passada)

"O Sá Pinto ganhou por KO, mas o Liedson ganhou na secretaria".

(Esta tirada não é da minha lavra. E como esta memória está como o Quim - já não é o que era - não me lembro de quem me disse).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ah Leão!

O leão voltou a mostrar a sua raça. Podia bem estar a falar da última película de Sá Leão, mas nem este senhor regado a comprimidos azuis consegue mostrar tanta garra. Segundo o que alguns órgãos de comunicação já adiantaram, refiro-me ao ex-director desportivo que tinha outras funções tipo coiso que ninguém sabia bem mas era mais ou menos o que fazia Pedro Barbosa.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Repeat El Conejo

Eu sou um ávido consumidor de música. Não interessa para aqui de que forma mais ou menos legítima essa música chega até mim, mas sim que procuro com frequência as novidades do maravilhoso mundo cançonetista.
Ao longo dos anos reparei que existe um padrão muito próprio nesse consumo que se mantém desde os poeirentos e velhinhos discos de vinil. Quando o novo brinquedo chega às minhas mãos oiço-o até à exaustão para depois o largar por muito e muito tempo, por vezes até para sempre. No entanto este padrão sofreu também com a evolução tecnológica e se antigamente o Lado A corria e depois o Lado B e depois o Lado A e depois o Lado B, (também chamado de vira o disco e toca o mesmo) agora é a apenas uma faixa de mp3 que toca em repeat. Quantos não são os artistas da rádio e tv disco de quem apenas conheço uma ou duas rimas orelhudas?
Assim tem sido com El Conejo que desde o princípio da época toca em repeat para meu regozijo e de mais uns quantos milhares. Quando se anunciou o seu nome como cabeça de cartaz para os palcos portugueses fizeram logo o favor de lhe vaticinar os papéis para a reforma, mas a verdade é que domingo a domingo a música é sempre a mesma. Chama-se... como é que se diz?... a “golo”. E para todos os gostos: de cabeça, de pé esquerdo, pé direito, de primeira, de recarga, sem deixar cair, etc. É verdade que não é o único da nossa praça, mas aqui, ao contrário de outros coretos, toda a gente sabe quantos golos o artista marca.

EUFORIA!

Sábado dei a terceira oportunidade da época ao meu Sporting e fui a Alvalade. A primeira tinha sido no início da época, a segunda quando Bento foi finalmente despedido.
Vi algo que julgava para sempre extinto: futebol vistoso, jogadas (sim, jogadas), centros bem feitos, desmarcações, jogadores motivados e golos (sim, golos!!!).
Era tal a míngua a que andava que saí do estádio eufórico.
E sinal óbvio dessa alegria não foi ter-me embriagado valentemente na noite que se seguiu, nem ter-me entregue à luxúria em colos de aluguer. A prova de que fiquei realmente eufórico com o que vi foi o facto de - ano e meio depois - ter comprado um jornal desportivo na manhã de Domingo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

De como se enganam os indígenas com menos que um colar de contas

Foi numa manhã tormentosa, fustigada pela chuva intensa e vento inclemente, que saiu da barra do Tejo a nau comandada por Dom Luiz Fillipe de Vieira, abastado comerciante da região de Lisboa que fizera fortuna com o comércio de rodados para carroças e juntas de bois. Corriam também boatos que juntamente com essa mercadoria se transacionava outra sorte de produtos menos lícitos, porque do comércio de rodas nunca ninguém ganhara tão grande prosperidade. Mas adiante. Embarcados nessa nau estavam os mais consagrados rufias da metrópole, levada a golpe de chicote pelo comandante Ruy Costa, que nos dias de bom humor lançava aquela vara de cadastrados um coirato ressequido, provavelmente sobrado de uma qualquer festa popular ou espectáculo circence nas vésperas da abalação. Depois ficava ali a ver a canalha, corroída pelo escorbuto e peste vermelha, a degladiar-se por aquele naco bolorento.
Era desígnio de Dom Luiz Fillipe de Vieira assomar a terras de Vera Cruz com o propósito de negociar a mercadoria local. Já se sabia naqueles tempos que no Brazil se encontravam trabalhadores talentosos, que os autóctones facilmente transaccionavam por colares de contas.
O narrador toma agora a liberdade de poupar o inocente leitor à descrição pormenorizada da viagem de tais gentes, deixando à imaginação de cada um os hediondos rituais e práticas contra-natura que dentro da carraca se praticaram.
E foi numa manhã solarenga que o comandante Ruy Costa anunciou ao que sobrava da tripulação (alguns sucumbiram à peste vermelha, outros - como o marujo Keirrison - foram simplesmente deitados aos tubarões) o avistamento de terra. Chegados estavam à baía de Santos. Os locais reagiram com desconfiança à chegada de tão fedorenta comitiva, mas aceitaram negociar. Dom Luiz Fillipe de Vieira logo se apressou a embarcar mais uma arroba de indígenas.
No final, fingindo gratidão (pois carecia de se livrar de algum lastro) deu ordens ao seu capitão Ruy Costa que fizesse oferta de qualquer insignificância à tribo que os recebera.

"E que lhes oferecemos, meu Almirante? Os colares de contas do costume?", perguntou Ruy
"Nada de desperdiçar colares de contas que ainda temos que ir à Argentina. Temos por aí pior mercadoria", grunhiu Dom Luiz Fillipe
"Ah! O barril de carne putrefacta!", deduziu o inocente Ruy
"Nem pensar! O imediato Barbas e o grumete Jesus não dispensam tal petisco", afiançou Dom Luiz Fillipe
"Então o quê? Aquilo!?", perguntou Ruy abismado, antecipar já a indignação dos indígenas.
"Sim, aquilo. Eles gostam. MUHAHAHAHAHA!"

domingo, 10 de janeiro de 2010

Voltou

Andava desaparecido há cerca de dois anos e confesso que tinha saudades dele. Quando o vi até tive alguma dificuldade em reconhecê-lo, pois já me tinha esquecido como era. Foi bem bonito o reencontro: eu tinha saudades e só ontem percebi quanto. Espero que agora se deixe ficar por muito tempo. Lá estarei para o ver.
Voltou ontem a Alvalade. Chama-se futebol.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Escola de Samba

O ano não começou nada bem. Muitos são os portugueses que decidem dar um mergulho na Praia das Maçãs para entrar no novo ano, outros (como eu) preferem a bancada do Caixa Futebol Campus. Este ano, por motivos de força maior (ou seja: pressão alta do cônjuge “ou vamos viajar ou acaba-se o Benfica TV”) faltei ao meu ritual.
Após tantos dias de ausência sou surpreendido pelos reforços Airton, Kardec e Éder Luís. Como dizia Pedroto “um brasileiro é bom, dois é demais, três é uma escola de samba”.
Se eles vão reforçar o nosso Benfica, precisamos de esperar para ver, mas não restam dúvidas que as festas em casa do Luisão vão melhorar bastante.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Saldos

Em época de saldos não se fazem devoluções.
O Benfica só aceitou que o Belenenses devolvesse o Freddy Ady e o Saragoça devolvesse o Sepsi, porque o produto era obviamente defeituoso.