terça-feira, 26 de maio de 2009

É o Sepsi? É o Kikin? É o Balboa?

Não, é um tal de Ramires. Mas a conversa é a mesma.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Engano

Depois de uma incursão à mãe África à procura de juvenis com 30 anos para ingressarem nas camadas jovens do Benfica e limparem todos os títulos da próxima época, sou surpreendido com a notícia: “Dias Ferreira agredido e aconselhado a abandonar a candidatura”. (Gostava aqui de sublinhar a palavra “surpreendido”). Podia até referir alguma surpresa por ver os Cavalheiros do futebol resolverem os assuntos desta forma, mas não. O que realmente me surpreendeu foi o facto de agredirem Dias Ferreira, quando na verdade quem disse “Paulo Bento forever” foi Bettencourt.

Simulação

Quero ver quantos jogos de castigo vai o Conselho de Disciplina da Liga de Clubes dar ao Dias Ferreira, por ter simulado uma agressão. Quero ver...

domingo, 17 de maio de 2009

O Luís

Eles têm "O Rui". Nós temos "O Luís". "O Luís" sagrou-se ontem Campeão pela enésima vez e aproveitou para anunciar o final da carreira.
"O Luís" tem 36 anos e afirmou que "não voltará a jogar ao mais alto nível". Para mim, está-se a fazer ao Benfica.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Da destruição de Lisboa

Lembro-me como se fosse hoje daquele que foi um dos piores dias da minha vida. Nessa triste data, uma série de factores que em condições normais jamais se conjugariam uniram-se, dando origem às horas mais infernais da minha existência. Foi no dia 22 de Maio de 2005.
Improbabilidade nº1: nessa época eu morava a escassas dezenas de metros do Marquês de Pombal.
Improbabilidade nº2: nessa tarde o Benfica sagrava-se campeão nacional de futebol.
Convém fazer aqui uma breve pausa no texto e esclarecer os leitores mais cépticos, nomeadamente os de mais tenra idade, acerca destas improbabilidades. Quanto ao facto de eu morar perto do Marquês não há muito a dizer. Já em relação ao campeonato para o Benfica, foi mesmo verdade. Sim, aquele clube que nas últimas épocas vem lutando estoicamente pelo 3º lugar já foi campeão. Dizem os antigos que até o foi várias vezes em tempos que se perderam na bruma da História e na memória atacada pelo Alzheimer do Rui Cartaxana.
Voltando a essa fatídica tarde primaveril: após o apito final do Bessa, o que aparentava ser uma amena tarde primaveril resvalou rapidamente para um cenário apocalíptico. De estradas que levam não se sabe bem onde, em meios de transporte que se julgavam para sempre extintos, a pé e de trás das pedras, o centro da cidade foi invadido por criaturas fardadas de vermelho, de tez arroxeada e falando um dialecto imperceptível para quem não pertencia aquela alcateia.
Num ápice, os jardins da mais nobre avenida de Lisboa foram pisoteados (provavelmente até pastados), o lixo acumulou-se nas bermas e a urina correu a rodos pelas valetas. Cânticos assustadores e palavras de ordem aterradoras brotavam daquelas gargantas calejadas do álcool. O povo trancou-se em casa temeroso, percebendo pela primeira vez o que sentiam as indefesas populações medievais quando avistavam no horizonte os “drakkars” vikings. Relatos há de quem tenha preferido o suicídio a tentar explicar à turba onde era a Rua Rosa Araújo.
E eu ali naquele terceiro andar, a lamentar amargamente ter ignorado os avisos que me tinham sido feitos. Um pouco como quando a Protecção Civil anuncia um alerta laranja por causa da chuva e vento, também já ninguém acredita que o Benfica pode ser campeão. Podia perfeitamente ter saído da cidade e, tal como Nero em Roma, ter ficado ali num cabeço de Loures a assistir à destruição de Lisboa. Mas fiquei. Com a porta trancada pela minha mais pesada mobília e sem pregar olho até às 5 da manhã quando finalmente ficaram sem voz, sem cerveja e sem mulheres, homens e pombos para violar.
Por isso é que me é indiferente o FCP ganhar o campeonato. Como nas cheias do Bangladesh só nos chegam cá abaixo as notícias. Isso e aquela dúzia de maduros divididos entre o Marquês e a Avenida da República que, convenhamos, até têm piada com os seus três dentes.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Eu não escreveria melhor

Eu já andava a matutar nisto há uns tempos e agora tenho a certeza: quando daqui a umas semanas ficar sem emprego (espero sinceramente que não), Quique Flores pode contar com um part-time como escriba aqui no Impróprio. Escrevendo a verde, obviamente.
O seu anti-benfiquismo primário ficou bem patente nas opções que tomou ao longo da época e nas contratações que encomendou a "O Rui". Mas o que lhe garante um lugar aqui no plantel é o seu humor acutilante e a sua capacidade de deixar o mais Jorge Máximo dos benfiquistas com os nervos à flor da pele.
Quique, já não é nem a primeira nem a segunda vez que tu me tiras as palavras da boca.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Manifesto Eleitoral

Caros sócios e simpatizantes do Impróprio para Cardíacos,
Como têm reparado, há mais de uma semana que me encontro afastado deste relvado. Aproveito para agradecer os milhares de sms’s, e-mails, telegramas cantados e meretrizes de leste que me têm feito chegar em sinal de apoio e incentivo.
É que, agora que se aproximam as eleições no meu Clube, também eu decidi entrar em período de reflexão. E depois de muito reflectir, é triste observar que os sportinguistas estão mais relutantes em candidatar-se à Presidência do que as freiras carmelitas em protagonizarem um filme do Sá Leão (a utilização do apelido do realizador neste contexto não é inocente, claro). Mais triste ainda é observar que, dado o actual cenário de miséria, até eu constituo uma alternativa mais credível do que aquelas que se perfilam.
Espero que se levante em torno da minha potencial candidatura uma vaga de fundo semelhante à que levou Pedro Quartin Graça à presidência do Partido da Terra. E aqueles que me apontam o dedo, acusando-me de não ter perfil para o cargo, eu contraponho com os seguintes factos:

- tal com o actual Presidente, eu gosto de whisky
- tal como o actual Presidente, não poderei dedicar mais de uma horinha/dia ao clube
- ao contrário do actual Presidente, gosto de futebol
- tal como o actual Presidente, não percebo nada de futebol
- ao contrário do actual Presidente corria com o Bento passado 21 minutos de tomar posse
- tal como o actual Presidente, não me importo nada de fazer umas negociatas obscuras envolvento amigalhaços e o clube
- ao contrário do actual presidente, eu percebo que o Tiuí não é jogador de futebol só de olhar para o passe social do rapaz

Em pré-campanha, convém também avançar com algumas promessas eleitorais:

- Prometo (não me canso de repetir) correr com o Bento. A conversa do “Ferguson do Sporting” encanita-me. O tipo foi responsável pelas três maiores humilhações do Sporting nas últimas décadas. Refiro-me obviamente às derrotas com o Barça, às derrotas com o Bayern e só termos marcado 3 golos ao Benfica no jogo da 2ª volta do campeonato.

- Prometo retomar a venda de alcool nas bancadas do estádio. Se a malta dos camarotes se pode embezanar como se não houvesse amanhã, porque é que nós – pagantes – não podemos? Têm medo que invadamos os camarotes, não é?

- Prometo fazer tudo o que estiver ao meu alcance para reconduzir Luís Filipe Vieira no seu cargo, renovando logo de seguida com Rui Costa e Quique Flores. Seguem-se contratos vitalícios para o Nuno Gomes, Binya, Di Maria, Reyes, Urretavizcaya, Sidnei, Moretto e por aí fora.

- Prometo gastar o que for preciso para o Benfica manter o seu actual plantel, permitindo-lhes assim continuarem a disputar até às últimas jornadas a 3ª posição.

- Prometo retirar os stewards de campo e franquear o acesso ao relvado a todos os adeptos que queiram fazer justiça pelas suas próprias mãos quando a arbitragem assim o obrigar. Se já o fizeram na Luz, porque é que não havemos nós de fazer?

- Prometo vender o Edifício Visconde de Alvalade e distribuír a verba pelos sócios pagantes em forma de cheque-disco da FNAC.

E não há campanha sem um slogan. Por isso, desde já avanço com as seguintes palavras de ordem:

“Vota 7 Maldito. Por um Sporting à Sporting e um Benfica à Campomaiorense”

terça-feira, 5 de maio de 2009

Apoiado

Não podia estar mais de acordo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Perdidos

Quando o jogo terminou na Choupana só me veio à cabeça a seguinte pergunta “O que se passou aqui?”. Após mais de uma mão cheia de segundos a pensar no assunto cheguei à conclusão que isto tem dedo do J.J. Abrams. Nesta altura do campeonato e depois do Sporting perder dois pontos com a Académica, jogar com o mesmo entusiasmo de um Representante do Governo Civil da Lotaria Nacional, só pode ser resultado dos poderes extra-naturais da “ilha”. Esgotadas todas as fórmulas matemáticas e procissões de fé, só me resta mesmo virar para estas questões da magia. Dizem os entendidos que esta é a arte de criar ilusões, mas isso nós já temos que chegue, por isso adiante. O truque é criar manobras de diversão e desviar a atenção do ponto principal. Permitam-me então que relembre Soares Franco “Não me candidato. Se calhar candidato. Não sei se candidato. Vou ali falar com uns apoiantes para ver se me candidato. Afinal, não me candidato. Por favor não me perguntem outra vez, se não ainda me candidato”.