segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Está tudo dito


É certo que peca por tardia esta pérola maravilhosa dos escribas do Record. A capa de ontem devia ter saído na terça-feira de Carnaval, mas não é menos verdade que os habituais 3 dias de Entrudo estão a durar uma época inteira para os lados de Alvalade.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Fotolegenda


LFV: "Tens uns lindos dentes pá. Tanto um como o outro"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

DIAS FELIZES

O trabalho levou-me a semana passada até África do Sul. Podia muito bem ter ido procurar centros de estágio para Carlos Queirós trabalhar os seus bíceps, pois nunca se sabe quando é que o mister vai precisar de aplicar os seus ganchos de direita novamente. Mas infelizmente fui mesmo trabalhar. Durante a minha longa estadia pelo país anfitrião do próximo mundial mantive uma relação – muito feliz, enquanto durou - com o futebol português exclusivamente ao nível do sms. Assim que aterrei, o meu telemóvel não parava de apitar com as mensagens “Bem-vindo a África do Sul...”, “A sua operadora...”, “Para aceder ao Voicemail...”, “Benfica 3 – Guimarães 1”. Na altura pensei que aquela era melhor notícia que podia receber, mas dois dias depois, enquanto jantava o telemóvel voltou a tocar “O Sporting está a perder 3-1 com o Porto”. Ainda não tinha terminado de trinchar o meu bife e novo sinal sonoro “4-1” e logo depois “5-1”. Finalmente os cafés e os digestivos e mais bip-bip “será possível mais um golo do Porto?” olhei para o telemóvel e reparei que tinha ficado sem bateria. Os restantes dias vivi numa feliz ignorância até que aterrei em Lisboa e descobri que o meu Benfica tinha perdido pontos com o Setúbal. Alguém ainda me tentou reconfortar “deixa lá pá, o Sporting também perdeu”. Mas já não foi a mesma coisa.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Vestir a camisola

Cheguei ontem à noite do estrangeiro, mesmo a tempo de não ver o Sporting e ainda a tempo de ver o Benfica (ter TV's a passar futebol na sala de espera das bagagens diz muito do handling do aeroporto lisboeta).
E por aquilo que vi, só um jogador do Benfica merece o prémio de jogo. Zoro: passa amanhã depois das 10h na tesouraria da Luz que o Rui assina-te o cheque. Descontado do salário do Cardozo, claro.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Frase do dia (de ontem)

"O futebol não é o Vale-Tudo".

Escreva-se não em pedra, mas em gesso, esta pérola proferida ontem pelo central benfiquista David Luiz.

Frase da semana (passada)

"O Sá Pinto ganhou por KO, mas o Liedson ganhou na secretaria".

(Esta tirada não é da minha lavra. E como esta memória está como o Quim - já não é o que era - não me lembro de quem me disse).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ah Leão!

O leão voltou a mostrar a sua raça. Podia bem estar a falar da última película de Sá Leão, mas nem este senhor regado a comprimidos azuis consegue mostrar tanta garra. Segundo o que alguns órgãos de comunicação já adiantaram, refiro-me ao ex-director desportivo que tinha outras funções tipo coiso que ninguém sabia bem mas era mais ou menos o que fazia Pedro Barbosa.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Repeat El Conejo

Eu sou um ávido consumidor de música. Não interessa para aqui de que forma mais ou menos legítima essa música chega até mim, mas sim que procuro com frequência as novidades do maravilhoso mundo cançonetista.
Ao longo dos anos reparei que existe um padrão muito próprio nesse consumo que se mantém desde os poeirentos e velhinhos discos de vinil. Quando o novo brinquedo chega às minhas mãos oiço-o até à exaustão para depois o largar por muito e muito tempo, por vezes até para sempre. No entanto este padrão sofreu também com a evolução tecnológica e se antigamente o Lado A corria e depois o Lado B e depois o Lado A e depois o Lado B, (também chamado de vira o disco e toca o mesmo) agora é a apenas uma faixa de mp3 que toca em repeat. Quantos não são os artistas da rádio e tv disco de quem apenas conheço uma ou duas rimas orelhudas?
Assim tem sido com El Conejo que desde o princípio da época toca em repeat para meu regozijo e de mais uns quantos milhares. Quando se anunciou o seu nome como cabeça de cartaz para os palcos portugueses fizeram logo o favor de lhe vaticinar os papéis para a reforma, mas a verdade é que domingo a domingo a música é sempre a mesma. Chama-se... como é que se diz?... a “golo”. E para todos os gostos: de cabeça, de pé esquerdo, pé direito, de primeira, de recarga, sem deixar cair, etc. É verdade que não é o único da nossa praça, mas aqui, ao contrário de outros coretos, toda a gente sabe quantos golos o artista marca.

EUFORIA!

Sábado dei a terceira oportunidade da época ao meu Sporting e fui a Alvalade. A primeira tinha sido no início da época, a segunda quando Bento foi finalmente despedido.
Vi algo que julgava para sempre extinto: futebol vistoso, jogadas (sim, jogadas), centros bem feitos, desmarcações, jogadores motivados e golos (sim, golos!!!).
Era tal a míngua a que andava que saí do estádio eufórico.
E sinal óbvio dessa alegria não foi ter-me embriagado valentemente na noite que se seguiu, nem ter-me entregue à luxúria em colos de aluguer. A prova de que fiquei realmente eufórico com o que vi foi o facto de - ano e meio depois - ter comprado um jornal desportivo na manhã de Domingo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

De como se enganam os indígenas com menos que um colar de contas

Foi numa manhã tormentosa, fustigada pela chuva intensa e vento inclemente, que saiu da barra do Tejo a nau comandada por Dom Luiz Fillipe de Vieira, abastado comerciante da região de Lisboa que fizera fortuna com o comércio de rodados para carroças e juntas de bois. Corriam também boatos que juntamente com essa mercadoria se transacionava outra sorte de produtos menos lícitos, porque do comércio de rodas nunca ninguém ganhara tão grande prosperidade. Mas adiante. Embarcados nessa nau estavam os mais consagrados rufias da metrópole, levada a golpe de chicote pelo comandante Ruy Costa, que nos dias de bom humor lançava aquela vara de cadastrados um coirato ressequido, provavelmente sobrado de uma qualquer festa popular ou espectáculo circence nas vésperas da abalação. Depois ficava ali a ver a canalha, corroída pelo escorbuto e peste vermelha, a degladiar-se por aquele naco bolorento.
Era desígnio de Dom Luiz Fillipe de Vieira assomar a terras de Vera Cruz com o propósito de negociar a mercadoria local. Já se sabia naqueles tempos que no Brazil se encontravam trabalhadores talentosos, que os autóctones facilmente transaccionavam por colares de contas.
O narrador toma agora a liberdade de poupar o inocente leitor à descrição pormenorizada da viagem de tais gentes, deixando à imaginação de cada um os hediondos rituais e práticas contra-natura que dentro da carraca se praticaram.
E foi numa manhã solarenga que o comandante Ruy Costa anunciou ao que sobrava da tripulação (alguns sucumbiram à peste vermelha, outros - como o marujo Keirrison - foram simplesmente deitados aos tubarões) o avistamento de terra. Chegados estavam à baía de Santos. Os locais reagiram com desconfiança à chegada de tão fedorenta comitiva, mas aceitaram negociar. Dom Luiz Fillipe de Vieira logo se apressou a embarcar mais uma arroba de indígenas.
No final, fingindo gratidão (pois carecia de se livrar de algum lastro) deu ordens ao seu capitão Ruy Costa que fizesse oferta de qualquer insignificância à tribo que os recebera.

"E que lhes oferecemos, meu Almirante? Os colares de contas do costume?", perguntou Ruy
"Nada de desperdiçar colares de contas que ainda temos que ir à Argentina. Temos por aí pior mercadoria", grunhiu Dom Luiz Fillipe
"Ah! O barril de carne putrefacta!", deduziu o inocente Ruy
"Nem pensar! O imediato Barbas e o grumete Jesus não dispensam tal petisco", afiançou Dom Luiz Fillipe
"Então o quê? Aquilo!?", perguntou Ruy abismado, antecipar já a indignação dos indígenas.
"Sim, aquilo. Eles gostam. MUHAHAHAHAHA!"

domingo, 10 de janeiro de 2010

Voltou

Andava desaparecido há cerca de dois anos e confesso que tinha saudades dele. Quando o vi até tive alguma dificuldade em reconhecê-lo, pois já me tinha esquecido como era. Foi bem bonito o reencontro: eu tinha saudades e só ontem percebi quanto. Espero que agora se deixe ficar por muito tempo. Lá estarei para o ver.
Voltou ontem a Alvalade. Chama-se futebol.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Escola de Samba

O ano não começou nada bem. Muitos são os portugueses que decidem dar um mergulho na Praia das Maçãs para entrar no novo ano, outros (como eu) preferem a bancada do Caixa Futebol Campus. Este ano, por motivos de força maior (ou seja: pressão alta do cônjuge “ou vamos viajar ou acaba-se o Benfica TV”) faltei ao meu ritual.
Após tantos dias de ausência sou surpreendido pelos reforços Airton, Kardec e Éder Luís. Como dizia Pedroto “um brasileiro é bom, dois é demais, três é uma escola de samba”.
Se eles vão reforçar o nosso Benfica, precisamos de esperar para ver, mas não restam dúvidas que as festas em casa do Luisão vão melhorar bastante.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Saldos

Em época de saldos não se fazem devoluções.
O Benfica só aceitou que o Belenenses devolvesse o Freddy Ady e o Saragoça devolvesse o Sepsi, porque o produto era obviamente defeituoso.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Boas Entradas

A pés juntos, por trás, à margem da lei, enquanto o Olegário olha para as cheerleaders, à Paulinho Santos, sem direito a admoestação, de carrinho, em tesoura, à Vidigal, com direito a sumaríssimo, assassinas, com intenção de jogar apenas a bola, à Binya, nas barbas do quarto árbitro e todas as que se lembrarem mais.
São os votos sinceros do staff de mais de 130 funcionários e colaboradores do Impróprio para Cardíacos, o blogue preferido dos nossos oito leitores.

sábado, 26 de dezembro de 2009

A Carreira de Micael

Ruben Micael - nome de cançonetista popular - não canta mas fala aos microfones do DN, dando uma interessante entrevista onde, a dada altura, revela ter vindo a Lisboa prestar testes no Benfica. O excerto que se segue esclarece na perfeição o porquê do clube do futsal não formar um jogador minimamente decente desde...desde...pois.

Em miúdo chamou a atenção dos clubes do Continente?

Há uma coisa que muito pouca gente sabe: quando estava nos iniciados, fui a Lisboa e fiz testes no Benfica. No Benfica, o senhor que me avaliou disse simplesmente que nunca seria jogador de futebol na vida.

Quem foi o “senhor do Benfica”?

Nené.


Afinal de contas, foi também este "senhor Nené" que ao pegar o seu recém-nascido filho nos braços avaliou:

"Vai ser um grande macho"

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Saco de Carvão no Sapatinho

Era uma vez o menino Joãozinho. O menino Joãozinho era um menino muito esforçado e dedicado. Fazia tudo o que lhe mandavam e por isso resolveu escrever uma grande carta ao Pai Natal. Ao longo de páginas e páginas o menino Joãozinho pediu de tudo e do melhor. De tal maneira que o Pai Natal ficou logo desconfiado e mandou um dos seus duendes ir buscar a ficha do menino.

"Menino João Pereira. Gosta de karaté e de ver filmes do Steven Seagal. Tirando isso, também gosta de jogar à bola. Actualmente está na equipa que lidera o campeonato. Este ano ele fez:

- 32 entradas a pés juntos ao nível do joelho (uma delas sem querer)
- 45 entradas por trás a jogar com os sobrinhos no quintal
- 24 paralíticas a desconhecidos nas filas de supermercado

- 23 cotoveladas

- …"


O Pai Natal devolveu de imediato a ficha ao duende e gritou “não há presentes para ninguém. Manda um saco de carvão para esse menino Joãozinho”, mas o duende nervoso, apressou-se a dizer “ó Pai Natal, mas o Daniel Sampaio proibiu-nos de mandar sacos de carvão por causa dos traumas das crianças”. O Pai Natal pensou por uns instantes e lá acabou por resolver o assunto “Está bem! Então manda o rapaz para o Sporting e acabou-se a conversa”.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

João Pereira, sportinguista desde pequenino.

Sim, o gajo é lampião doente.
Sim, o gajo é um arruaceiro.
Sim, o gajo não tem o menor nível.
Sim, disse a mesma coisa nas 3 primeiras linhas.
Sim, o gajo é do Casal Ventoso.
Sim, o gajo provocou o Tello.
Sim, provocar o Tello é perfeitamente aceitável.
Sim, o gajo simulou uma falta (à Benfica) que valeu a expulsão ao Hugo Viana.

Sportinguistas: há muitas e boas razões para não querermos este badameco no Sporting.
Mas há duas excelentes razões para agradecermos ao Pai Natal este reforço:

Abel
Pedro Silva

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Trancas à porta

Se há coisa que eu gosto é ver na televisão um jogo de futebol alegadamente importante, mas no qual o meu envolvimento emocional é igual a Postiga, perdão, zero. Este fim-de-semana ocorreu por três vezes: no Varzim x Portimonense da Liga de Honra, no Estudiantes x Barcelona do Mundial de Clubes e no Benfica x Porto. Como a classificação do meu Sporting era indiferente ao desfecho de qualquer uma destas partidas, muni-me de vitualhas (oh Carla, traz-me aí o dicionário do puto!) e assisti sem qualquer sinal de arritmia às supracitadas partidas. Por outro lado, a conselho do meu médico, apartei-me do meu televisor Salora na hora do Naval x Sporting e do Guimarães x Rio Ave, isto sim partidas realmente decisivas para o meu clube.
Sabendo os meus amigos lagartos que consigo gamar a SportTV à conta de uma puxada a partir do vizinho de cima, tomaram a liberdade de ir aparecendo para assistir ao clássico em relvado emprestado pela Oliveirense.
Subitamente, já as equipas se preparavam para o pontapé inicial, tocam à porta. Aquela hora já não estava à espera de ninguém, por isso estranhei. Mais estranhei quando percebo ser a minha amiga Rita, lampiã dos quatro costados. Duplamente corajosa, ousou enfrentar a intempérie para se enfiar naquele covil de lagartagem. Afrontou aqueles que preferiam seguir a Taça do Mundo de Esqui Alpino noutro canal e sofreu para dentro durante os noventa minutos. Por respeito (medo?) aos anfitriões quase não comemorou o golo da sua equipa.
No final da partida levantou-se e disse exultante: "não sei se sabem meus amigos, mas a partir de hoje venho aqui ver todos os jogos do Benfica e vocês têm que estar cá".
Imaginar sequer que eu, a minha casa, a minha cerveja e os meus amigos poderemos ter contribuído para uma vitória rival deixou-me seriamente pertubado. Tanto que mal dormi. À primeira hora da manhã arranquei a puxada que me abastecia de bola e decidi que a partir de Janeiro, cada vez que o Benfica jogar vou para o cinema. Sem a Rita, claro.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Plantel Novo

Ontem, um avião da companhia aérea Hi Fly com destino a Berlim avariou em pleno de voo. Facto muito estranho que está já a ser investigado pelas autoridades competentes. Não por causa da avaria, mas sim por ter avariado com toda a equipa leonina a bordo à excepção de Liedson. Sob suspeita está uma clara intenção de renovar o plantel.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lista de dispensas

A lista de dispensas surge sempre no final da época. Assim sendo, visto que a época do Sporting se pode dar por acabada, ficam aqui os nomes que o 7 Maldito dispensaria caso mandasse alguma coisa naquela chafarica:

Abel, Pedro Silva, Polga, Caneira, Grimi, André Marques, Saleiro, Caicedo, Djaló, Postiga e senhor "Manuel" (o nome foi alterado por razões de segurança).
Mas quem é o senhor Manuel, perguntam vocês? O senhor Manuel é um dos mais prolíficos funcionários do Sporting. Foi contratado não se sabe bem por quem no passado defeso e é um trabalhador incansável. Trabalha de sol a sol, faz horas extraordinárias, apresenta-se ao serviço aos sábados, domingos e feriados e recusa-se a tirar férias.
A sua função é uma e uma só: cavar um poço. Há quem seja responsável pelo catering, pela segurança e pela manutenção do relvado (estes também podem ir de saco, já agora). O senhor Manuel é responsável por cavar um poço onde o meu clube caiu e de onde não consegue saír. Quando pensamos que já não é possível descer mais baixo, bater mais no fundo, lá vai o senhor Manuel. Arregaça as mangas e cava mais um bocadinho.
Podíamos emprestá-lo ao Rio Ave, por exemplo.