sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Benfica, a economia e a dura realidade

Tenho a sensação que fui o único português para além do Liedson a não ficar surpreendido com a notícia de abertura de todos os telejornais de ontem: contra todas as expectativas, a economia portuguesa crescera 0,3% no segundo trimestre deste ano. Nem José Sócrates e seu escudeiro (de escudo/moeda) Teixeira dos Santos estavam preparado para tamanho bodo, obrigando a que a malta das relações públicas do partido os fosse buscar de emergência ao parque de campismo do Inatel na Costa da Caparica onde se preparavam para assar umas entremeadas e vazar umas médias na companhia de uns casais-amigos.
Desde pequenino que tenho uma especial capacidade intuitiva que me permite analisar com precisão os comportamentos dos consumidores (morei muito tempo na Maria Pia e entretinha-me a ver da marquise a malta a consumir poeira) e consequentes implicações na economia. Como revela o último censo realizado pela Casa do Benfica de Mogadouro, dos 9 milhões de portugueses, cerca de 8,9 são benfiquistas, prefazendo assim a quase totalidade dos consumidores nacionais. Também é verdade que o poder de compra está com os 0,1 Milhões que sobram, mas isso são outros trezentos...
O que eu pretendo provar com esta converseta e depois ir a Oslo buscar o Nobel da Economia, é que o comportamento da nossa economia está intimamente ligado à performance desportiva do clube do futsal. Se em 2008 estivemos em crise, a culpa foi do Quique, do Yebda, do Sidnei e da lesão do Suazo. O benfiquista acompanhou a equipa na depressão, acabrunhou-se, deixou de consumir e a economia foi por aí abaixo. Mas chegando a Abril, a nação encarnada percebeu que o espanhol Flores tinha os dias contados, o que deu lugar a uma renovada esperança, alguma alegria e um maior consumo que conduziu aos tais 0,3% de crescimento.
Segundo as minhas previsões, os resultados do terceiro trimestre de 2009, esses sim, serão verdadeiramente bombásticos. Com as contratações feitas, as loas a Jesus, as capas de jornais e os quatro torneios conquistados, o benfiquista está eufórico. Espero pelo menos um crescimento de 17,4%, sendo que destes, 12% são à conta da venda de cachecois "Benfica Campeão Nacional 09/10". Os restantes devem-se ao aumento exponencial da venda de cerveja e coiratos que como se sabe são o motor da economia de qualquer país que se diga civilizado.
Mas nem tudo são boas notícias. O pior virá depois. É que hoje começa o campeonato. Sim, aquele onde se joga a pontos. E onde começam todos iguais. Sim, esse em que à partida são sempre campeões mas em chegando a Maio é um "oh tio, oh tio", que o Braga e o Nacional querem-nos roubar o terceiro lugar. Ou seja, lá para Janeiro vem uma recessão de proporções zimbabweanas. E aí quero ver se o Ministro das Finanças que entretanto for eleito vai ter coragem de despedir "O Rui" e o Jesus.

2 comentários:

Cozinheiro Sueco disse...

Espero que o Sporting se apresente amanhã em tão boa forma como tu, caro 7.

ps: Fiz uma remodelaçãozita lá no Óculo (nada que se compare ao extreme makeover que ocorreu aqui) e o Impróprio saiu dos Snipers Verdes para os Snipers policromáticos (Benetton para os amigos). Afinal, também há por aqui um vermelho que posta umas coisas.

Abraço Leonino ao 7 e apertão de pescoço ao presidente.

Homem da Luz disse...

Desejo um bom campeonato e faço votos que este ano haja menos fruta e café com leite nos quartos dos árbitros.

7,lembra-te de uma coisa: já não é Deus que castiga. Agora, é Jesus.

Abr em jeito de pontapé de saída