quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mete-se

O telefone toca. Toca…toca…toca. Quatro da tarde. Será que não trabalham da “parte da tarde”? Finalmente, uma qualquer D. Edna faz o favor de pousar a Nova Gente e atende. Digo ao que vou. Que quero saber se já repararam o meu forno de encastrar, que isto de comer pizzas todos os dias sai caro e não ajuda à dieta que jurei que era desta. “Hum…”, rosna enquanto descasca uma laranja (8 em 10 recepções deste país cheiram a laranja. Para além da laranja Baía e da laranja Valência, deviam criar a laranja Recepcionista), “vou passar ao técnico”.
Mais uns segundos de molho, desta vez a ouvir as Quatro Estações de Vivaldi em versão polifónica. A música traz-me à cabeça memórias de infância, o Boletim Metereológico em horário nobre, o meu pai a mandar-nos calar para ouvir “o tempo”. Quando já estou a meio caminho entre o Nirvana e o anti-ciclone dos Açores, a sonhar com o engenheiro Anthímio de Azevedo e as neblinas matinais a norte do Cabo Carvoeiro, oiço uma voz. Será São Pedro? Não, é o técnico.
“Ai já passaram cinco dias? Pois…ora bem…portantos…isto normalmente são cinco diazinhos, mas o amigo já sabe como é…mete-se a Páscoa…e aqui os funcionários vão à terra…e estamos cheios de serviço…por isso aqui o seu forninho só está pronto daqui a duas semaninhas, tá bem?”
Claro que tá bem, o forninho daqui a umas semaninhas. O que é que um tipo há-de dizer mais? “O técnico”, uma figura mítica tipicamente lusitana que justifica quase tudo (“estamos à espera do técnico”, “o técnico só pode ir aí para o mês que vem”, “o técnico é que sabe”, etc…), tem a faca, o queijo e o forno de encastrar na mão, e ao consumidor não resta senão sujeitar-se aos seus humores. Neste caso, “o técnico” socorreu-se do “mete-se”, uma figura não-jurídica e não-institucionalizada mas comumente aceite quando queremos desculpar incompetências de vária sorte que culminam invariavelmente em atrasos. Também é muito utilizada quando a preguiça fala mais alto. Ou quando apetece.
Levante o dedo (tu não, Shéu) quem nunca na vida ouviu um “mete-se”. Ou, caso trabalhe no sector terciário (………………pausa para consultarem a Wikipédia……………….), quem nunca proferiu um “mete-se” em vão.
Para melhor entendermos a dimensão e aplicação do “mete-se”, debrucemo-nos sobre um exemplo prático. Imagine que quer trocar os alumínios da marquise, derivado das borrachas já não vedarem e a chuva entrar. Ora isso é impossível porque:

“Mete-se o Verão”
“Mete-se o Inverno”
“Mete-se o batizado do meu afilhado”
“Mete-se a operação às varizes da minha sogra e o amigo já sabe como andam os hospitais isto é uma vergonha tá bom é para os ricos.”
“Mete-se o Benfica”
“Mete-se o Natal”

O caso específico do “mete-se o Natal”, é de todos aquele que se reveste de maior complexidade (sem com isto querer insinuar que as varizes das sogras são problema de menor relevância). Ao contrário do que o leitor sagaz estará neste momento a considerar, o Natal é muito mais do que a noite de 24 e o dia 25 de Dezembro. Por Natal, o electricista, o mecânico, a call-girl, o funcionário do 12º Bairro Fiscal e a TV Cabo entendem aquele período de tempo compreendido entre as vésperas de Natal – demasiado vago, chega a começar em Novembro – e o Carnaval inclusive, mais dois ou três dias para recuperar da folia no corso em Torres Vedras ou Ovar.
A União Europeia, o Banco Mundial, o GRCS, a OCDE, o FMI e outras instituições espantam-se como é que os trabalhadores portugueses, que quando estão “lá fora” são tão bons, produzem tão pouco dentro de portas. Ora aqui O 7 Maldito, sem querer dar uma de sociólogo, economista ou Nuno Rogeiro (um mix de sociólogo, economista, General Colin Powell, Belle Dominique e Rui Santos), garante que é culpa do “mete-se”. As imperiais e os percebes também não ficam isentos de culpas, é claro. Com tanto “mete-se”, Portugal está funcionalmente parado uns 146 dias/ano. Nesses dias, não há agricultura, pesca, construção civil, mecânica ou blogues. Sim, blogues, porque esta semana mete-se o 1º de Maio mais a ponte e não me estou a ver vir aqui falar de futebol. Tá bem?



Eh, eh, eh...Meti-vos no meio do texto a sigla de um organismo que não existe (o GRCS) e vocês nem toparam. Desculpem lá, mas eu divirto-me com estas pequenas coisas.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Faro de golo

Quando um jornal da nação faz uma jogada à Maradona, de pura inspiração a gozar com o SCP, o HdL recebe no peito, cola na relva e vai à linha e centrar para a cabeça dos leitores do Impróprio.

http://www.correiodamanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000012-0000-0000-0000-000
000000012&contentid=9AEC2FFA-A79F-40F9-84E3-464DF689B29F

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Brincar aos Polícias e Ladrões

Ao contrário dos leitores leoninos deste blogue, lamento a minha demorada ausência do placard do Impróprio. Acontece que à semelhança de Fernando Albino Chalana tenho tido muito trabalho em mãos, o que até tem sido uma bênção. Como um dos grandes Humanistas da nova geração de políticos, Adolf Hitler, dizia que “O trabalho liberta”. E de facto entre ver o Benfica dos 4 jogos anteriores ao desta jornada ou andar a fazer directas a trabalhar forte e feio, prefiro sentir-me um trabalhador dos tempos pré-revolução industrial, que têm como principal diferença para os dos dias de hoje a total inexistência de ar-condicionado. Vergonhoso e desumano!
Ver alguns jogadores que envergam a Gloriosa sem garra, sem mística, sem atitude desportiva e sem concentração nenhuma no jogo deixaram o vosso (salvo seja) Homem da Luz apagado. Para ser mais preciso, deixaram-me verdadeiramente e absolutamente fundido.
Felizmente que no grande derby de Lisboa desta jornada, entre os dois clubes mais fortes e respeitados da capital, o Benfica venceu por dois golos o Belenenses. Dois lindos golos de puro futebol que acabaram por funcionar como um Piquete de Urgência no meu apagão. A exibição ainda não foi a melhor, mas ver Luisão a ir festejar o golo com Chalana e ver 11 milhões de euros a serem bem gastos, voltou a devolver-me a chama. Ainda não é a chama imensa de outrora, mas já deu para ver qualquer coisinha.

Por outro lado, quando hoje vi o resumo do jogo do Sporting (ontem fui ao Indie ver a comédia de Mike Leigh “Happy-go-Lucky" que recomendo vivamente a quem gosta de rir) pensei: “O Impróprio não precisa de mim para nada!”. Ficou mais uma vez comprovado que o melhor humor no futebol tem um e um só clube, o SCP. Tive de ver e rever aqueles dois golos, vezes sem conta. Primeiro boquiaberto e depois rindo em crescendo até ao zénite. Depois dos filmes “Marte Ataca”, “Austin Powers” e “À Boleia pela Galáxia” voltei a ver excelentes efeitos-especiais ao serviço da comédia. E que comédia meus senhores. O primeiro golo fez-me lembrar os filmes mudos, onde os personagens não falam e movimentam-se com as coreografias toscas de Charlie Chaplin. Só os talentos de “único campeão do mundo a jogar em Portugal” e o “sucessor de Ricardo na Selecção” poderiam construir uma obra daquelas, ao nível das de Tomás Taveira.
Já o último golo fez-me lembrar a famosa série “Bucha e Estica” onde o Estica sem saber como, levava sempre a melhor a um Bucha que acabava invariavelmente caído no chão. Patético, absurdo e hilariante, poderia ser a divisa que assinaria os golos do SCP, um verdadeiro hino à melhor comedia de todos os tempos.
“Mas então e o 1º golo do SCP, o tal do penalty” poderá perguntar um leitor mais atento. “Qual penalty” respondo eu, eu não vi penalty nenhum. Não vi, porque não houve, pelo menos nas minuciosas repetições televisivas não se vê nada. Mas isso até tem piada, sobretudo quando vi qual foi o árbitro. Nada mais nada menos que Lucílio Baptista, o tal árbitro que na Luz não viu 3 penaltys claros a favor do Benfica. Mas ontem já viu e o segundo golo deste jogo também me fez lembrar uma série com a qual já me ri muito. Era de animação e fazia todas as crianças do país sorrir. Chamava-se “Mr. Magoo”, lembram-se? Ontem, Lucílio Baptista voltou a fazer de Mr. Magoo e também fez muitas crianças sorrir. Pelo menos as de Alcochete e do Porto...

Perús, frangos, galos de Barcelos e outros galináceos

Vou.
Não vou.
Vou.
Não vou.
Vou.
Não vou.
Vou.
Não vou.
Vou.
Não vou.
Vou.
Não vou.
Fui.
E ainda bem, porque só assim tive o privilégio de assistir ao vivo a dois dos golos mais estúpidos da História do Futebol.
Entraram directamente para o meu Top 5, ainda encabeçado por um frango do Vítor Baía em Barcelos, em que o rapaz andou a gatinhar como uma criancinha de meses atrás da bola, até esta ultrapassar a linha de golo. Reparem como até em assuntos futebolísticos o Universo é inteligente: o maior frango ser dado pelo maior peneirento, numa terra famosa pelo seu galináceo é no mínimo irónico, não vos parece?
Entretanto, porque uma segunda-feira posterior a um fim-de-semana comprido ainda é mais difícil que uma segunda-feira normal (veja-se aliás a mediocridade deste post), fiquem aqui com um belo medley de frangos para descontraír e fazer horas até às 18h00 (hora de Lisboa, 22h00 para os nossos leitores de Asgabate).

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Lições de Londres

Nota prévia: este post foi escrito ontem ao fim da tarde no meu bloquinho Moleskine, no aeroporto de Heathrow (desde já agradeço à TAP o atraso de 2h30). Ainda não consigo perceber porque é que em Inglaterra, quando escrevo num computador não aparecem acentos, mas no bloco já aparecem. Estranho, muito estranho.



Cá estou eu de volta a solo pátrio depois de uns dias na velha Albion. Tal como disse no post anterior, confirmou-se uma vez mais essa lei universal que estabelece que a cada vez que saio do país, o Sporting é sumariamente aviado. É óbvio que eu estava avisado para a fatalidade que viria a ocorrer no leiriense Magalhães Pessoa caso descolasse da Portela. Mas desta vez a viagem foi por motivos de trabalho e não deu mesmo para adiar. Cheguei a ponderar a demissão, mas a verdade é que como este campeonato anda, até um parte time na morgue do hospital de Santa Maria vale mais que três pontinhos no bornal.
Lá fui. Na "nossa" TAP, com a tradicional sande requentada e hospedeiras com unhas de gel e excesso de maquilhagem.
É sempre bom regressar a Londres, uma cidade magnífica, vibrante, cosmopolita, moderna e onde não se consegue beber uma cerveja depois das onze da noite (por alguma razão os alemães nunca invadiram a Inglaterra...).
Londres é indubitavelmente a capital cultural e económica da Europa (isso 7 Maldito, enche-os com banalidades para fazer render o peixe...). Aqui ganha-se dinheiro como em poucos lugares, daí que não tenha estranhado quando um simpático taxista me contou ter adquirido recentemente uma casa "at the Algarve". Não estão a imaginar o Jorge Máximo com uma casa de férias em Brighton, pois não? Mas se o ganham, tabém o gastam com facilidade. Com o aluguer de um T1 a poder custar 3500€/mês e a bica a rondar os 2€ é...hmmm....é...é só fazer as contas.
Esta torrente de consumismo e dinheiro a circular causa na população um certo remorso, a que se convencionou chamar Consciência Social. Ou seja, a malta começa a perceber que enquanto ganha o seu macinho de libras, há muita criança no Bangladesh a ralar forte e feio para lhes fazer as calcinhas French Connection ou as gravatas Brooks Brothers, e que largam mais CO2 para a atmosfera num almoço de sushi que uma tribo de Yanomamis quando pega fogo uns hectares de Amazónia. E sentem-se mal com isso. E tentam compensar de alguma maneira.
Isto é a Consciência Social, que tem duas faces visíveis. A primeira é a obsessão com o "orgânico", seja lá o que isso for. Os chás são orgânicos, os chocolates são orgânicos, as sandes (sim, sandes e não sanduíches) são orgânicas, tudo é orgânico. Devem querer ser os tipos mais saudáveis do cemitério, estes ingleses...
A outra face é o voluntariado. Não há carruagem de metro que não tenha pelo menos um cartaz com propostas para os londrinos expiarem a sua culpa. A que mais me surpreendeu - e quase me fez lá ficar por mais uns dias - convidava a população a ser "polícia voluntário", em dois turnos mensais não remunerados de oito horas cada. Já imaginaram quão aliciante seria vestirem a farda de polícia a um Sábado e saírem para a rua para extorquir dinheiro a proprietários de bares, aterrorizar imigrantes ilegais, perseguir e balear adeptos do tuning e ajudar criancinhas a atravessar a passadeira em frente à escola? (Ai não há aulas ao Sábado? Olha...temos pena...). De sonho, não é?
O voluntariado é prática comum por aquelas bandas e até encontra adeptos (chamados voluntários) entre os nossos patrícios aí radicados. Como é o caso de uma simpática jovem advogada portuense e portista (dispensava-se a redundância) que conheci num jantar e que na manhã seguinte, antes de pegar no escritório, ia ensinar jovens do Sri Lanka (ou seriam do Bangladesh? Ou espanhois?) a falar inglês. Tocante. Uma actividade que no nosso país está reservada às tias e sobrinhas da pindérica alta sociedade é aqui um fenómeno de massas.
Mais uma vez devíamos pôr os olhos no que estes países cultural e socialmente mais avançados (mas sem cerveja a partir das onze da noite) têm para nos ensinar. E podíamos muito bem começar pelo voluntariado.
Para não me acusarem de só falar e não agir, chego-me imediatamente à frente e dou o corpo ao manifesto, na esperança de ser seguido por milhares, centenas até, de quadros médios e mínimos ansiosos por ajudar os mais desfavorecidos e marginalizados da nossa sociedade.
A partir de hoje, às Segundas, Quartas e Sextas vou das 8h às 9h a Alcochete treinar o Sporting. Às Terças, Quintas e Sábados ensinarei benfiquistas a falar português.
Por favor não me agradeçam. É a minha modesta contribuição para um Portugal melhor.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mea culpa

Estou desde o final da semana passada em Londres derivado de assuntos relacionados ao servico, que me tem mantido fechado numa sala sem janelas desde as 8h30 ate as 20h30, Domingo incluido. E isto, meus amigos, explica muita coisa. Explica o facto de estar a escrever sem acentos, explica o facto de ainda nao ter conseguido meter o bico num pint de cerveja e explica tambem o facto do Sporting - segundo os sms que recebi - ter sido batido sem apelo nem agravo pelo Leiria.
Se nao percebem o porque (da derrota, nao da ausencia de acentos), entao cliquem aqui neste post que escrevi ha alguns meses...

ps: chegam-me tambem relatos verdadeiramente incriveis: apedrejamentos no Seixal e derrota do Benfica por menos de 3 golos. Mas nisso vao-me desculpar, ja nao acredito. Que o Sporting perca com o Leiria ainda va, agora isso, eh eh eh...


(O 7 Maldito viaja a convite do Conselho de Arbitragem da FPF)

sábado, 19 de abril de 2008

Pesadelo dérmico

Um pequeno prefácio antes de começar. Os meus parabéns a todos os sportinguistas pela vitória no fantástico jogo da Taça que teve uma meia hora que explica porque é tantas pessoas no mundo amam futebol. É porque nem sempre são os grandes e mais fortes que vencem e porque só no futebol acontecem milagres como na 4ª feira. É por falar em milagres que gostava de dar também os meus parabéns ao LFV e maioria dos jogadores do Benfica. Esta época conseguiram ressuscitar 3 clubes para os grandes: Académica, Guimarães e Sporting. Sejam bem-vindos e, mais uma vez, parabéns pela vossa vitória (a nossa parece que voou para fora da Catedral e perdeu-se. Infelizmente não foi só ela...).
E agora, resta-me divertir com a escrita que é para isso que não me pagam neste blogue.

Ao fim da primeira parte, estava tudo normal. O Benfica vencia por 2-0. Dois lindíssimos golos e domínio total do jogo. Na equipa do Sporting apenas havia a destacar a exibição do árbitro e do fiscal de linha que não viram um penalti claro (com direito a expulsão) e invalidaram um golo limpo a Di Maria. Ao fim da primeira parte, estava pois assim, tudo muito normalzinho.
Ao fim da segunda parte, é que começou o pesadelo. Aquela última meia hora do jogo despoletou uma raríssima produção de pigmentação na minha pele. Nunca na vida me tinha acontecido tal coisa. A “benficação” do Sportén e, sobretudo, a “sportinguização” do Benfica deixou-me literalmente...verde. Ou seja, estou neste momento dentro da pele de um sportinguista. AARRRRGGHHHHH!!!!!

Pânico Total. 112.Banho de graxa encarnada. Ambulância. Hospital da Luz. Mal lá chego, uma nova alucinação. Ao sair de maca, vejo o AVC do Pinto da Costa a sair da porta do Hospital com um envelope numa mão – a grossura adivinhava conter cerca de 2.500 euros - e um saco azul cheio de fruta na outra. Pensei “quem me dera ser o Papa. Sua Santidade, quando se quer curar de qualquer coisa que o apoquenta, corrompe-a, e assim tem alta...”.
Mal entrei os médicos disseram-me: “Ahhhhh...nunca tínhamos visto nada assim!”. “Nem eu...”, respondi-lhes. Mandaram chamar os mais sábios cientista da Europa. Após a observação, exclamaram: “Não há memória de nada assim, não há explicação. A probabilidade de isto acontecer é de 1 em 9.898.776.968.942.811.266.636.363.636.500.609.636, 9999998. “Ohh, essa até eu sei...foi a 1ª e última!”, contestei-lhes.
Os sábios reuniram. Discutiram. Leram manuais. Pensaram.Elaboraram antídotos medicinais. Fizeram experiências. Nada.
Dizem que é uma questão de tempo. Consolaram-me com um “Vai passar rapidamente. Será um breve instante até que tudo volte à normalidade.”.
Indignado disse-lhes “Andaram tantos anos a estudar, a ler livros, a partirem a cabeça para isso? Bastava uns aninhos de Benfica meus amigos. É claro que vai passar rapidamente, ora bolas. Até um sportinguista sabe isso! ”
Voltaram a reunir, a discutir, a ler, a pensar e elaboraram uma receita. Mandaram-me imediatamente para o aeroporto. A prescrição é partir imediatamente numa viagem trans-continental em busca da cura para este catastrófico pesadelo dérmico. Como sabem Domingo depois do jogo com o Porto, corro o sério risco de ficar azulado. É por isso que parto sem demoras para o continente que os lagartos conhecem como ninguém. Um continente que eles descobriram, fundaram, criaram a sua sociedade, onde cresceram, onde habitam e que é seu. Como já devem ter percebido, vou para a Azia.

Porém, antes de partir e num sinal que prova o diagnóstico de “doença rara”, escapam-me os dedos no teclado e escrevo o Lema e Divisa que os sportinguistas sempre me habituaram a ouvir gritar bem alto:

“Para o ano há mais!”.

Vêm?? Tenho de partir dep...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Impróprio para Cardíacos

Percebem agora o porquê do nome deste blog?
Só num derby (para não dizer "o" derby) conseguimos assistir ao que assistimos ontem à noite: emoção a rodos, golos em catadupa, lágrimas e risos descontrolados. Só um derby como o de ontem consegue pôr um país inteiro a falar do mesmo na manhã seguinte, do merceeiro ao banqueiro, do pedreiro ao engenheiro. Só derby entre Sporting e Benfica consegue ser verdadeiramente Impróprio para Cardíacos.
Falar sobre o jogo em si seria chover sobre molhado. Não vale a pena.
Enxovalhar o adversário seria de uma tremenda injustiça e falta de nível: aqueles 90 minutos foram castigo suficiente para os benfiquistas e o melhor prémio para os sportinguistas. Foi esmagador, brutal, um turbilhão de emoções a roçar a bipolaridade. Pela primeira vez, "A Bola" diz algo acertado: este jogo foi dos poucos que entrará para a história com direito a nome próprio. Depois do "7-1" e do "6-3", nasceu o "5-3".
Daqui a poucos anos, ninguém se lembrará de quem venceu a Taça de Portugal deste ano, mas este "5-3" ninguém esquecerá. E eu estava lá e vi.
Nesta hora digo o que diziam os romanos depois de reduzirem a cinzas uma aldeia gaulesa: "Glória aos vencedores, honra aos vencidos".

À antiga

Ressaca: 5
O 7 Maldito: 3

Voltarei assim que conseguir. Talvez à tarde, depois de um almoço à Eusébio.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Dos Francos não reza a História

(É com grande orgulho que começo este post com um título que entraria de caras na capa do Record. Trocadilho fácil nunca falha. Palmas para mim. Obrigado. Prossigamos.)


Há muito, muito tempo atrás, antes mesmo da Académica ter ganho no Estádio da Luz pela penúltima vez, a História assistiu à instituição de cognomes por parte dos monarcas lusitanos. Recordemos o amável leitor deste honorável blogue que nessa altura não existiam Professores Josés Hermanos Saraivas, a História de Portugal em fascículos do JN ainda estava para nascer e do Canal História, nem sombras. Alguns manuscritos e uma bula papal provam no entanto a existência de uma espécie de SportTV medieval, quando arautos precorriam o reino a cavalo anunciando aos servos da gleba os resultados da jornada futebolística anterior. Este canal extinguiu-se quando os arautos foram lançados à fogueira, depois de se descobrir que eram facilmente corrompíveis nos prostíbulos locais, explicando-se assim o facto de na Torre do Tombo se ter como certo que o Futebol Clube Condado Portucalense foi campeão dezoito vezes em quinze épocas.
Voltando ao que nos traz aqui, o objectivo do cognome era acima de tudo adjectivar o Rei, associando ao seu nome qualidades e virtudes. A par das obras arquitectónicas que mandasse erigir ou das terras que descobrisse ou conquistasse, o cognome era a única forma conhecida à época de perpetuar para as gerações vindouras o legado do soberano.
O Rei e sua corte de lambe-botas tratavam de arranjar o cognome oficial. Mas já sabemos como o povo é ruim, ingrato e benfiquista, e não tardava muito até que o cognome não-oficial circulasse pelas fétidas ruas deste nosso Portugal. Veja-se por exemplo D. João V, que se quis intitular de “O Magnânimo” ou “O Rei Sol Português” em virtude do luxo de que se revestiu o seu reinado, mas que era conhecido pela maralha como “O Freirático”, derivado (adoro o “derivado” e hei-de usá-lo sempre que possa) à sua conhecida apetência sexual por freiras, das quais chegou mesmo a gerar vários filhos. Por razões óbvias, D. Afonso Henriques foi “O Conquistador”, embora também pudesse ser “O que Arriava Porrada na Mãe” e D. Dinis “O Lavrador”, pela sua conhecida apetência pela hortofloricultura, da qual restou até hoje o Pinhal de Leiria e o Jardim da Gulbenkian (este último já é uma dedução minha). O nosso bem conhecido Infante D. Henrique nunca chegou a Rei, mas não terá sido isso a impedi-lo de ficar conhecido, tal como certo ex-capitão do Benfica, como “O Roto”. Esse ex-capitão sumiu-se nas brumas da segunda divisão espanhola, enquanto que o Príncipe se perdeu para os lados de Alcacer-Quibir (Alcácer 2 - Quibir 1, resultado que se verificava quando a partida foi interrompida derivado – outra, vai buscar! – ao forte nevoeiro).
Sabida a mania das nobrezas da actual direcção sportinguista, não me admirava nada que a próxima grande medida de gestão de Franco e primos fosse a atribuição de cognomes aos Presidentes leoninos. Sem querer ser exaustivo, tomo a liberdade de “baptizar” alguns dos últimos:

Jorge Gonçalves, “O Africano”
Cintra, “O Alarve”
Santana, “O da Cinha”
Roquette, “O Senhor”
Dias da Cunha, “O Senil”

Entretanto, num golpe palaciano sobe ao trono o BES, perdão, o Filipe Soares Franco. Para a história deixará um cartão de sócio “propriedade do BES” (é o que está lá escrito!) e um supermercado Lidl por baixo do estádio. Mas os seus anos de reinado serão recordados para a eternidade pela sua superior capacidade de galvanização e motivação de jogadores e adeptos em vésperas de jogos decisivos. Exemplos? Na passada semana falou-nos ao coração, e a escassas horas de defrontarmos o Rangers disse que “o segundo lugar no campeonato interessa muito mais que a Taça UEFA”. Agora, a pouco mais de um dia de jogarmos a meia-final da Taça com o Benfica, fez questão de tocar a reunir e qual Nun'Alvares Pereira "O Santo Condestável", gritar tonitruante que “o segundo lugar no campeonato interessa muito mais que a Taça de Portugal”. É destas injecções de moral que a equipa precisa! É esta a fibra que eu admiro nos dirigentes do meu Sporting! É assim que se põe uma equipa a jogar bom futebol e a conquistar títulos em catadupa.
Por estas e por outras é que o actual Presidente ficará conhecido na História do futebol nacional como Franco, “O Fraco”.


(Começar com um trocadilho digno da capa do Record é bom. Acabar com outro ainda é melhor. Fosse vivo o saudoso Wilson Brasil e já cá cantava um Prémio Gandula!)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

"Noblesse oblige"

Imaginem que um amigo benfiquista está de viagem e nos pede para ficar uns dias em nossa casa. O que é que lhe dizemos?

"Podes ficar com o meu quarto"

domingo, 13 de abril de 2008

Das duas, uma

Tal como Chalana, ainda não sei que táctica vou adoptar até ao final da época. Não sei se opte por um ofensivo “Pira-te ó Nelsón” se por um mais defensivo “Ala que é Cardozo”.

PS- Já agora queria deixar aqui um abraço ao sr. LFV. Para além dos sucessos da sua política (na) desportiva, tem assinado jogadas de marketing coerentes com estas orientações. Esta sexta- feira estive presente no Dia Águia e posso garantir que o nome não podia ter sido mais apropriado.
Aquilo de facto deu pena. Muita, muita pena.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Vitória, a Águia Polícia

Comemora-se hoje à noite no Estádio da Luz, com pompa, circunstância, vinho a martelo e delapidação de mulheres adúlteras, o Dia da Águia. As celebrações ficarão obviamente marcadas pelo recente apelo do presidente benfiquista à intervenção das forças policiais no futebol nacional. O apelo foi ouvido pelo Ministro da Administração Interna, que deu provimento à solicitação de Luís Filipe Vieira, mobilizando para o anfiteatro encarnado todos os meios à disposição.
Aqui o vosso amigo O 7 Maldito tem conhecimentos privilegiados no Departamento de Relações Públicas benfiquista (Célia, se estás a ler isto, passa lá em casa quando quiseres para apanhar as trousses de que te esquecestes) e está em condições de tornar aqui público o programa das festas:

Abertura do espectáculo com a actuação dos Trabalhadores do Comércio que interpretarão o tema “Chamem a Polícia” recentemente ressuscitado numa campanha publicitária do Montepio Geral. Arranjo musical a cargo de Luís Filipe Vieira.

Tattoo Militar a cargo da brigada motorizada da Polícia do Exército. Terminará com Nuno Gomes a ser erguido ao topo de uma pirâmide de agentes musculados.

A Tuna Feminina do Orfeão do DIAP interpretará êxitos de ontem e hoje dos GNR.

Participação especial de um grupo de agentes secretos da CIA, que como se sabe, tem como símbolo uma águia. Como agentes secretos são agentes secretos, a sua actuação passará totalmente desprecebida aos presentes.

Grand Finale: o Ministro da Administração Interna entregará à Águia Vitória o diploma de “Agente Rapino”, depois da rapace ter concluído com distinção o curso do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna. Já o seu treinador Juan Barnabé não terá direito a nada, pois chumbou no exame final de Meio Físico e Social.
Vieira não perderá a oportunidade de assinar imediatamente um contrato com Francisco Penim para dar início à rodagem do seriado “Vitória, a Águia Polícia”, a estrear no Canal Benfica (ou na SIC ou na TVI, o que vai dar ao mesmo).

Carga policial no final da partida ainda por confirmar.

Toda esta bela cerimónia será gravada em DVD, disponível para venda no Natal e com distribuição gratuita em vários Ministérios e Secretarias de Estado.

Não falte! Senão ainda o vão buscar a casa com mandato de captura.

Classificados

Troco Gladstone semi-novo por Luís Filipe em mau estado. Urgente.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ai se a moda pega...

Jaime deixa o Leixões «por vontade própria» depois do penalty falhado

Jaime não vai continuar ao serviço do Leixões. A herança do risco assumido no jogo com o Belenenses, falhando um penalty à Panenka no último minuto de descontos, tornou-se demasiado pesada, pelo que o jogador decidiu abandonar o clube por própria iniciativa. Pelo menos foi essa a garantia deixada em conferência de imprensa.

António Pinto: «Ele percebeu que fez uma grande asneira»

O treinador do Leixões, António Pinto, também marcou presença na conferência de imprensa. Deu a palavra primeiro a Bruno China, depois falou também ele. «O Jaime quando viu a forma como falhou a grande penalidade deitou as mãos à cabeça. O que vi foi que ele percebeu que tinha feito uma grande asneira», disse o treinador.

«No final do jogo falei com ele rapidamente. Não tive tempo de tentar demovê-lo, mas os capitães fizeram isso e não foi possível. Ele achou que os sócios iam virar-se contra a equipa por causa dele e não era isso que queria». António Pinto que disse ainda que Jaime marcou o penalty porque «estava mais fresco e porque «lida bem com a pressão».
Um penalty qualquer um pode falhar e se calhar se tivesse marcado em força tinha falhado também», acrescentou. (in site Maisfutebol)

Agora meus amigos, imaginem se esta moda de seriedade, honra e brio profissional chega a Alvalade. Felizmente que estes valores ainda estão mais longe que o acesso à Champions. Senão, todos os jogadores do SCP que parecem miúdos com descoordenação motora e botas ortopédicas a marcar penaltis, iriam rescindir também. Ficava um belíssimo plantel e um excelente treinador reduzidos ao melhor guarda-redes da Europa. Ao contrário da moda dos penteados amaricados, Deus queira que esta moda não chegue a Alvalade.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Antecipação das Marchas Populares

É curioso, já no fim-de-semana anterior eu tinha escrito que tínhamos tido uma jornada à antiga portuguesa. É curioso que pelo terceiro ano consecutivo, chegamos ao final da época e começa uma alucinante correria à fruta e ao café com leite. É muitíssimo curioso que o árbitro que não viu 3 penaltis indiscutíveis contra o Boavista (mais dois duvidosos) tenha sido o mesmo que na semana anterior viu um muitíssimo duvidoso, 3m depois dos 90m sobre o Quaresma. É curioso sim senhor, até porque ainda na primeira parte viu um, que também não deixou dúvidas, a favor do Boavista.
O Sr. Lucílio Baptista é um baú de curiosidades (e depois de Domingo desconfio que também seja um pequeno baú do tesouro), apesar de ter visto a agressão a Rui Costa, não viu uma igual sobre Léo. Este facto torna-se mais curioso, por a entrada ter ocorrido dentro da área axadrezada. Isto para não falar da 2ª parte de selvajaria que a equipa do Boavista proporcionou a todos os que viram o jogo, perante a complacência dos 3 senhores da fruta. De certeza que ao ver aquelas imagens, Binya se terá questionado: “Se toda a gente se levantou dos sofás indignada com o que fiz no jogo do Celtic, nem quero ver o que vão dizer do Boavista!” Curiosamente, não foi nada. Parece o Bush a falar do Iraque: “Hein? Guerra no Iraque? Nada de especial. É normalzinho.”
Eu sei que o futebol nada tem a ver com justiça. Basta ver o clube que elevou o ambiente do seu túnel de acesso ao campo a um nível Bassoriano, que dá lições à Máfia de como controlar a polícia, que mandou roubar provas do crime da estação televisiva do Estado, que (entre outras) me proporcionou as visões de um árbitro a confessar na televisão que foi subornado com prostitutas e outro a confirmar que “fui só lá tomar um cafezinho na véspera, mas, nem sei bem porquê. Saí foi com 2.500€ no bolso...curioso!”, venha a ter a mesma pena que um clube inscreveu mal um jogador na Liga. Retirar 6 pontos é a pena. Sinceramente, a única pena que eu consigo ver aí, é a de um papagaio brasileiro que tortura Pinto da Costa com cócegas no pé.
É curioso que a nossa lei preveja que o clube que for apanhado a corromper árbitros, apenas lhes sejam retirados os pontos relativos aos jogos em causa. Ou seja, o Leiria neste momento não tem nada a perder. Segundo a lei, mais vale arriscar e se não for apanhado, lá estão garantidos 3 preciosos pontos. É tipo o famoso ditado popular: Perdido por um, perdido por mil. Mas em euros, claro está.
A táctica é sempre a mesma: Porto campeão (a fruta é da época e aparece sempre na momento certo e à hora certa. É curioso, não é?) e Sporting campeão (isto significa apenas à frente do Benfica. Todos sabemos que o seu campeonato é, e sempre será só esse). Mas agora há um novo player: O Guimarães. Simpatizo muito com o clube, com a massa associativa e dou muito valor ao campeonato que estão a fazer. Mas as últimas duas jornadas já apontavam mais para Bragança do para Guimarães. E quando o seu presidente, se vem insurgir de forma tão impetuosa contra LFV, eu sorri e pensei: “ Olha este a defender a arbitragem. Curioso.”
Ao contrário de outros clubes, o Benfica não tem o hábito de se queixar da arbitragem quando perde. Normalmente é só quando empatamos. E chamar àquilo “prejudicar” faz-me lembrar os políticos que em vez de dizerem “aumento de preço”, dizem “actualização do preço”. Aquilo não é prejudicar meus senhores, aquilo é roubar e não tem mais sinónimos.
Querem provas? Vejam as imagens (se é que não foram roubadas da Sport TV que até pertence a uns senhores que pagavam viagens a árbitros que, curiosamente, não usavam o apelido pelo qual eram conhecidos mas o seu 2º nome) ou vejam as reacções destas duas pessoas:
Jorge Coroado, alma gémea do Dias Ferreira no ódio encarnado, reconhece pela primeira vez na sua vida um penalti a favor do Benfica. Notável.
Rui Costa, admirado e reconhecido por todos que se cruzaram com ele, mas em especial por todos para quem ele cruzou. Só o tinha visto assim tão indignado, há muitos anos, num famoso jogo pela selecção. Para mim, isto faz do Lucílio Baptista um árbitro tão sério e honesto como o famoso Marc Batta e vou passar a tratá- lo por Xô Batta. Fica-lhe bem.
É curioso que nestas situações em vez de fazerem marchas de luto, os benfiquistas unem-se em Marchas Populares e Romarias em devoção ao seu Santo Clube.
Caros familiares, aviso que esta 6ª marchamos para a Catedral e dia 16 começamos a rumar ao Jamor, com uma breve paragem em Alvalade para petiscar.




segunda-feira, 7 de abril de 2008

Eh pá, ó Jaime, pá...

Jaime, aqui que ninguém nos ouve, pá…diz-me lá uma coisa: que diabo te passou pela cabeça para na hora de marcar o penalty, chamares o Jorge Ribeiro? Eu sei que tu não és dos tipos mais letrados da nossa praça, mas podias ter pedido a alguém que te lesse os jornais das últimas duas semanas, pá. É que vinha lá escarrapachado em letras que até o Petit conseguia ler, que aquele moço que tu mandaste marcar a falta está a caminho do Benfica. Sim, o Benfica. Sim, aquele grupelho de amigos vestidos de encarnado contra quem jogaste Domingo à noite.
Portanto, Jaime, nada mais lógico do que mandares o tipo – que até já nem recebe há uns meses - marcar aos futuros patrões, certo?
Lá por o moço ter sido formado nas escolas do Benfica, não quer dizer que não saiba que jogar na Champions é melhor do que jogar na UEFA, Jaime…
Bolas, Jaime, não consigo encontrar uma explicação lógica para isto, pá. Espera lá…a não ser que…nã…estás a brincar comigo! A sério? Tu és um prato, Jaime! Então acreditas mesmo que o Vieira te vai telefonar no fim da época? Ah!ah!ah! Não vês que para "isso" ele já lá tem o Chalana?
Eh pá, ó Jaime, não brinques comigo, pá…

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Às 19h45

Daqui a umas horinhas, quando em Ibrox Park o árbitro chamar os capitães (ou capitões?) e lançar a moeda ao ar, até parece que já estou a ouvir os dois jogadores:

Moutinho: "Escolho bola!"
Barry Ferguson: "Escolho o Veloso!"

Já se sabe. Há que desconfiar sempre de rapaziada que veste saias...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Jorge Nuno Maquiavel

O que agora vos relato poderia muito bem entrar no portfolio das melhores mentiras deste dia 1 de Abril. Mas não. É verdade verdadinha.
A par do desaparecimento da águia Vitória, a imprensa matutina noticia esta manhã (matutina/esta manhã, tão a ver?) que o Futebol Clube do Porto se arrisca a perder 6 pontos ainda esta época, na sequência das acusações de que é alvo no mítico Processo Apito Dourado. O mais caricato desta situação é que quem levantou a alternadeira (perdão, a lebre) foi o próprio FCP.
Estranho, questiona-se o leitor mais desatento. Hum? grunhe Luís Filipe Vieira. Duas pedras de gelo, diz o Pantera.
Pois bem, não é preciso ser o Ronny para saber que dois mais dois são cinco e que nem a visão da cadeia de Custóias tira o bom humor do cada vez mais patético Jorge Nuno. Sabendo que já leva quase uma vintena de pontos de avanço, não se importa nada de abdicar dos tais seis que o Tribunal lhe quer tirar. E até os entrega numa caixa com filigrana de Gondomar quando isso significa adiar a festa do título por mais duas jornadas, para aí sim ser matematicamente campeão. É que se consultarmos o calendário do campeonato verificamos que...olha...pois...
O Benfica dá um bombo da festa muito mais apetecível que o Estrela da Amadora, não dá?